terça-feira, 31 de março de 2015

Top Ten Tuesday: Dez Livros que Eu Adicionei Recentemente à Minha Lista de Livros que Quero Ler (TBR)


Top Ten Tuesday é um meme criado pelo Blog americano TheBroke and The Bookish onde toda terça feira bloggers do mundo inteiro escrevem sobre uma lista de 10 coisas.

Essa semana eu vou falar sobre Dez Livros que Eu Adicionei à Minha TBR Recentemente. Como eu geralmente leio os livros em inglês antes mesmo de eles virem para o Brasil, a maior parte da minha TBR (Lista de Livros que Quero Ler) também são livros em inglês e que muitas vezes ainda nem foram lançados no Brasil. Mas eu tive uma feliz surpresa quando eu pesquisei vários livros na minha TBR e percebi que já estavam disponíveis em Português!! Foi até difícil de escolher! Incluí no final alguns que não estão também, só para você saber o que está fazendo sucesso lá fora e que provavelmente estará nas livrarias em breve.

São todos livros que me foram muito bem recomendados por blogueiros mundo a fora que eu confio e que tem o gosto parecido com o meu. Os livros estão por ordem de “qual eu estou mais louca para ler”, onde a loucura aumenta quanto mais perto do 1º se chega. Aproveitei e linkei os livros aos seus perfis na Amazon Brasil, caso vocês queiram uma sinopse completa.


10) Cartas De Amor Aos Mortos, de Ava Dellaira (tradutora Alyne Azuma)

Prestes a começar o ensino médio, Laurel decide mudar de escola para não ter que encarar as pessoas comentando sobre a morte de sua irmã mais velha, May. A rotina no novo colégio não está fácil, e, para completar, a professora de inglês passa uma tarefa nada usual: escrever uma carta para alguém que já morreu. Laurel começa a escrever em seu caderno várias mensagens para Kurt Cobain, Janis Joplin, Amy Winehouse, Elizabeth Bishop… sem nunca entregá-las à professora.
Nessas cartas, ela analisa a história de cada uma dessas personalidades e tenta desvendar os mistérios que envolvem suas mortes. Ao mesmo tempo, conta sua própria vida, como as amizades no novo colégio e seu primeiro amor: um garoto misterioso chamado Sky. Mas só quando ela escrever a verdade sobre o que se passou com ela e com a irmã é que poderá aceitar o que aconteceu e perdoar May e a si mesma.

Os livros de Ficção Contemporânea nunca estão muito no topo da minha lista, mas este me pareceu bonito, profundo, triste e divertido ao mesmo tempo. Ouvi falar que é lindo.


9) Estudos Sobre Veneno (Trilogia As Lendas de Yelena Zaltana Livro 1) de Maria V. Snyder (tradutor Maurício Araripe)

Prestes a ser enforcada, Yelena é agraciada com uma prorrogação extraordinária para sua pena. Ela aceita se tornar provadora de comida e morrer no lugar do Comandante de Ixia. Mas Valek, o chefe da segurança, não deixa brecha para fuga e a envenena com Pó de Borboleta. Somente se apresentando diariamente para ele, Yelena poderá tomar o antídoto.

Amei a idéia deste livro de Alta Fantasia, mas tinha ouvido que o segundo não foi tão bom quanto o primeiro. Resolvi esperar, e recentemente ouvi falar bem da trilogia e vou experimentar.


8) A Menina Que Tinha Dons, de M. R. Carey (tradutora Ryta Vinagre)

Aclamado pela crítica, o livro se tornou um bestseller imediato na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao contar a história de Melanie, uma menina superdotada que faz parte de um grupo de crianças portadoras de um vírus que se espalhou pela Terra e que são a única esperança de reverter os efeitos dessa terrível praga sobre a humanidade.
Levados à popularidade pelos filmes de George A. Romero na década de 1970, os zumbis têm sido explorados desde então no cinema e na literatura e estão cada vez mais em voga, são ícones da cultura pop, vide uma série de jogos de videogame e a série norte-americana de sucesso The Walking Dead. A questão é: depois de tanta coisa já feita sobre o tema, restou algo a dizer? Com sua larga experiência como roteirista de quadrinhos, M.R. Carey mostra que sim, com uma abordagem humanista e inovadora em A Menina Que Tinha Dons. Uma comovente história sobre amor, perda e companheirismo encenada num futuro distópico.

Eu adoro histórias humanistas de zumbis – aquelas que estão mais para Guerra Mundial Z do que para Walking Dead. Ainda por cima ouvi esse livro ser descrito como “lindo” e “delicado” por muitas pessoas, algo que não se espera de um livro desse gênero. Saber que o filme homônimo vai estrelar a Glenn Close na sua estreia (possivelmente) em 2016, foi a cereja do bolo.


7) Caminhos de sangue, de Moira Young

Saba passou a vida inteira na Lagoa da Prata, uma imensidão de terra desértica assolada por constantes tempestades de areia. A miséria e a aridez do lugar não a incomodam, contanto que o irmão gêmeo, Lugh, esteja por perto. Um dia, porém, uma gigantesca tempestade de areia traz em seu rastro quatro cavaleiros de manto negro, e a vida que Saba conhece chega ao fim: seu pai é morto, Lugh é raptado e ela não tem escolha a não ser embarcar em uma perigosa jornada para resgatá-lo.
Repentinamente jogada na realidade selvagem e sem lei do mundo fora da Lagoa da Prata, Saba não sabe o que fazer sem Lugh para guiá-la. Por isso, talvez, sua maior surpresa seja o que descobre sobre si mesma: é uma lutadora incansável, uma sobrevivente feroz, a mais astuta das oponentes. Com a ajuda de um audacioso e atraente fugitivo e de uma gangue de garotas revolucionárias, a busca pelo irmão fará de Saba a protagonista de um confronto que vai mudar o destino de uma civilização. Com ritmo ininterrupto, muita ação e uma história de amor épica, Caminhos de sangue é uma aventura grandiosa ambientada em um mundo futurista e violento.

Depois de muitas séries distópicas maravilhosas, eu (e muita gente) achava que esse gênero estava um pouco esgotado. Além disso, li críticas que chamaram sua linguagem de “estranha” (a personagem principal tem um “sotaque” difícil de entender). Mas tudo que eu ouço sobre este livro me diz o contrário. Descrito como um mundo único e original, eu comecei a achar que esse livro vale a pena.


6) Roubo de Espadas (Revelações de Riyria Livro 1), de Michael J. Sullivan

Royce Melborn e Hadrian Blackwater, os ladrões mais habilidosos de todos os reinos, construíram sua fama ao realizar façanhas aparentemente impossíveis. Porém, após concordar em roubar uma famosa espada do interior de um castelo, os dois se envolvem numa trama repleta de armadilhas, anões, elfos, conspirações políticas, magia e, sobretudo, perigosas reviravoltas. Para comtemplar a missão com sucesso, Royce e Hadrian precisam ser cuidadosos ao escolher inimigos e aliados, pois não é apenas a vida da dupla que está em jogo, mas o futuro da Igreja, dos reinos e de todo o mundo.

Meu tipo de livro! Só espero que tenha uma protagonista feminina de arrasar para fechar com chave de ouro!


5) A Descoberta Das Bruxas (Trilogia Das Almas Livro 1), de Deborah Harkness

Diana Bishop sempre foi respeitada. O que poucos sabem é que, além de uma reconhecida pesquisadora especializada em história da ciência, Bishop é uma verdadeira bruxa – sim, elas existem! Pertencente a uma antiquíssima linhagem de bruxas européias, passou a vida renegando seus dons de feiticeira. Para ela, uma mulher moderna devia ser prática e racional. Pesquisando na Biblioteca Bodleiana de Oxford, Bishop põe as mãos em um velho manuscrito de alquimia intitulado Ashmale 782. Basta tocar a capa para ver que aquele não é um livro comum. Definitivamente não: é algo realmente poderoso. E muito cobiçado também. 
Do dia para a noite a antes pacata vida de Bishop é invadida por seres como vampiros, demônios e bruxos malévolos interessados nos indecifráveis símbolos desenhados naquelas páginas. Ao lado do charmoso Matthew Clairmont, um vampiro geneticista admirador de Darwin, ela partirá em uma aventura por um mundo sobrenatural ignorado pela maioria dos humanos, atravessando 1500 anos de fantásticas histórias.


Eu amo livros de bruxa, mas eles raramente são bem feitos. A notícia por aí é que este é, e muito! Cheio de personagens inteligentes e improváveis, esse livro parece estar fora dos padrões.


4) Como Eu Era Antes De Você, De Jojo Moyes

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe.
Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro.
Como eu era antes de você é uma história de amor e uma história de família, mas acima de tudo é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado.

Eu ouvi falar bem deste livro em abundância e por todos os lados! A história me lembra um pouco o filme “Os Intocáveis”, que eu amei. Ele próprio também virou filme, inclusive, e estreia por aqui em Agosto deste ano.


3) As Mentiras de Lock e Lemora, de Scott Lynch 

O Espinho é uma figura lendária: um espadachim imbatível, um especialista em roubos vultosos, um fantasma que atravessa paredes. Metade da excêntrica cidade de Camorr acredita que ele seja um defensor dos pobres, enquanto o restante o considera apenas uma invencionice ridícula.
Franzino, azarado no amor e sem nenhuma habilidade com a espada, Locke Lamora é o homem por trás do fabuloso Espinho, cujas façanhas alcançaram uma fama indesejada. Ele de fato rouba dos ricos (de quem mais valeria a pena roubar?), mas os pobres não veem nem a cor do dinheiro conquistado com os golpes, que vai todo para os bolsos de Locke e de seus comparsas: os Nobres Vigaristas.
O único lar do astuto grupo é o submundo da antiquíssima Camorr, que começa a ser assolado por um misterioso assassino com poder de superar até mesmo o Espinho. Matando líderes de gangues, ele instaura uma guerra clandestina e ameaça mergulhar a cidade em um banho de sangue. Preso em uma armadilha sinistra, Locke e seus amigos terão sua lealdade e inteligência testadas ao máximo e precisarão lutar para sobreviver.

Outro livro do qual eu só ouço elogios há muito tempo! Divertido, inteligente e intrigante, este livro é para quem gosta de um pouco de engenhosidade no seu livro de Fantasia.


2) Trono de Vidro, de Sarah J. Maas

Nas sombrias e sujas minas de sal de Endovier, um jovem de 18 anos está cumprindo sua sentença. Celaena é uma assassina, e a melhor de Adarlan. Aprisionada e fraca, ela está quase perdendo as esperanças quando recebe uma proposta. Terá de volta sua liberdade se representar o príncipe de Adarlan em uma competição, lutando contra os mais habilidosos assassinos e larápios do reino. Endovier é uma sentença de morte, e cada duelo em Adarlan será para viver ou morrer. Mas se o preço é ser livre, ela está disposta a tudo.

Finalmente eu cedi às pressões da “hype” (elogios escandalosos por toda a internet). Eu tinha pensado em ler este livro desde que o primeiro foi lançado nos Estados Unidos há 3 anos – afinal, um livro de Alta Fantasia com uma personagem principal que é assassina e durona não poderia ser mais a minha praia. Mas quando li os dois primeiros capítulos na internet, eu não fiquei nada impressionada. Aí, uma videoblogueira que eu amo fez uma resenha dos 3 livros, falando como eles evoluem e ficam imperdíveis. Fui convencida!


1) A Queda Dos Reinos, de Morgan Rhodes (tradutora Flávia Souto Maior)

Nos três reinos de Mítica, a magia estava esquecida desde tempos imemoriais. Depois de séculos de uma paz mantida a muito custo, certa agitação começa a emergir. Enquanto os governantes lutam cegamente pelo poder, seus súditos têm suas vidas brutalmente transformadas com a eclosão repentina da guerra. É assim que o destino de quatro jovens - três herdeiros e um rebelde - acabam interligados para sempre. Cleo, Jonas, Lucia e Magnus vão ter de lutar, cada um à sua maneira, em um mundo revirado pela guerra, onde imperam traições inesperadas, assassinatos brutais, alianças secretas e paixões arrebatadoras.

Acho que eu não preciso justificar esse, né? Podia ser mais a minha cara? Além disso, todo mundo diz que a Hype dele é justificada, chamando-o de Game of Thrones do gênero Young Adult!


Este é o meu Top Ten de hoje! Mas se você lê em inglês e quer um pouco mais, aqui estão 8 livros que ainda não chegaram no Brasil e dos quais todo mundo está falando bem lá fora:

- The Archived, de Victoria Schwab
- The Kiss of Deception, de Mary E. Pearson
- All The Bright Places, de Jennifer Niven
- Orphan Queen – Jodi Meadows
- Winner’s Curse – Marie Rutkowski
- The Book of Ivy by Amy Engel
- Red Queen, by Victoria Aveyard 
- An Ember in the Ashes - Sabaa Tahir


Por favor me conte a sua opinião sobre todos estes livros, quais deles você está planejando ler, ou fale do que quiser! Eu prometo que respondo!!

domingo, 29 de março de 2015

Resenha: Trilogia Feita de Fumaça e Osso, de Laini Taylor




Sinopse: Pelos quatro cantos da Terra, mãos negras aparecem marcadas nas portas das casas, gravadas a fogo por seres alados que surgem de uma fenda no céu.
Em uma loja sombria e empoeirada, o estoque de dentes humanos de um demônio está perigosamente baixo.
E nas tumultuadas ruas de Praga, uma jovem estudante de arte está prestes a se envolver em uma guerra sem precedentes.
O nome dela é Karou. Seus cadernos de desenho são repletos de monstros que podem ou não ser reais; ela desaparece e ressurge do nada, despachada em enigmáticas missões; fala diversas línguas, nem todas humanas, e seu cabelo azul nasce da sua cabeça exatamente dessa cor. Quem ela é de verdade? A pergunta a persegue, e o caminho até a resposta começa quando o olhar abrasador do bonito e sombrio Akiva cai sobre Karou pela primeira vez em um beco em Marrakesh. Mas será que ela irá lamentar aprender a verdade sobre si mesma?
Um romance moderno e arrebatador, em que batalhas épicas e um amor proibido unem-se na esperança de um mundo refeito.

Gênero: YA, Fantasia Urbana, Fantasia Épica

Resenha: Esta é o melhor série do gênero Young Adult que eu já li. É também incrivelmente criativa maravilhosamente divertida, e absurdamente viciante. Ela faz coisas com as minhas emoções que eu não sei nem como descrever. Mas vou tentar, que é para você poder decidir se você vai gostar tanto destes livros quanto eu.

(E eu sei que ler resenhas muito apaixonadas acabam, por vezes, mais atrapalhando do que ajudando, aumentando as nossas expectativas do livro para um nível absurdo. Então eu vou tentar me conter nesta resenha mais geral da série. Para as resenhas específicas de cada livro, vai ser mais difícil.)

Para começo de conversa, mesmo se você não é fã de fantasia você deveria considerar estes livros. Eles na verdade são uma mistura maluca de Fantasia Urbana e Épica que dá super certo. O primeiro chama Feita de Fumaça e Osso, o segundo Dias de Sangue e Estrelas, e o terceiro Sonhos de Deuses e Monstros. Mas apesar de os livros terem muitos elementos fantasiosos e supernaturais, eles não são livros sobre o sobrenatural. Essa série, dentro de sua loucura maravilhosa, é incrivelmente realista. Eu não vou falar muito sobre as coisas malucas em si porque eu acredito piamente que é melhor quando lemos livros assim sem muitas informações. A não ser esta: Não se assuste! As coisas vão sendo explicadas aos poucos e elas todas fazem muito sentido. Prometo que você vai gostar desse estilo de escrita no final!

Na verdade esta é uma das melhores características desta trilogia – como ela explica as coisas para você de uma maneira que é propositalmente misteriosa, mas nem um pouco chata. Muitas coisas acontecem o tempo todo – não há momentos maçantes. Mas mesmo assim, as coisas se manifestam para você de maneira suave e sofisticada. Taylor revela personagens e enredo da mesma forma que alguém revela arte – lenta e delicadamente. É comum nos apaixonarmos por livros, mas o que não foi comum para mim é ter tido aquele inegável sentimento – de excitação e calma ao mesmo tempo – não por uma pessoa ou personagem, mas por uma história e pela maneira que ela é contada. Na verdade o estilo de escrita de Taylor é tão sensível quanto os seus personagens.

Estranhices a parte, eu preciso falar desses personagens incríveis! A autora prova como um bom livro te faz se identificar e se importar com personagens fictícios – sejam eles humanos ou não – e como pode te capturar para o seu mundo – seja ele em outro pais ou outro universo. Juro que você vai olhar para todos estes personagens ver como eles são humanos na sua essência. Você vai pensar “É, eu entendo o que essa pessoa está sentido!”. E, se você é como eu, vai querer que a mágica fosse verdadeira para você poder fazer um desejo e ser amiga da Karou, da Zuzana, do Mick e da Issa. Eu queria!

Queria mesmo não sendo um mundo “conto de fadas”, onde tudo dá certo e é bonitinho. Aliás, outro ponto positivo dessa história! Ela tem coisas maravilhosas, outras nojentas; coisas assustadoras e outras engraçadas; coisas que vão fazer o teu coração flutuar, e outras que vão esmaga-lo feito limão na caipirinha! As partes engraçadas e as esmagantes são as minhas favoritas, porque elas se equilibram de uma maneira muito linda. Quer um exemplo?

“– Não conheço muitas regras para serem seguidas na vida – dissera ele. – Mas essa é uma delas. É simples. Não coloque nada desnecessário dentro de você. Nenhum veneno ou produtos químicos, nenhum vapor ou fumaça ou álcool, nenhum objeto afiado, nenhuma agulha que não seja essencial, sejam drogas ou tatuagens, e... nenhum pênis que não seja essencial também.
– Um pênis que não seja essencial? – repetira Karou, adorando a frase, apesar de sua tristeza. – Existe algum que seja essencial?
– Quando aparecer um que seja essencial, você saberá. (página 26)

Nem o romance, que é lindo, é “romantizado”. Ele é épico, sem dúvida, mas ao mesmo tempo é real. Eles não são perfeitos. Ele erra, ela erra, mas nunca sem motivos compreensíveis. Esta definitivamente não é uma daquelas histórias que você fica berrando com os personagens na sua cabeça para eles deixarem de ser bunda moles! E, ainda melhor, o romance é uma parte importante e motivadora da vida destes personagens – mas não é toda a vida deles. A vida deles é muito mais complexa que isso.

Esta não é uma série onde um livro é melhor que o outro – é uma série onde os livros crescem de complexidade. Deixa eu explicar assim: é como se o 1º fosse a terra, onde a gente conhece os animais, as pessoas, o mundo e como as coisas funcionam; o 2º é o sistema solar, onde a gente conhece mais profundamente como tudo acontece e o que pode dar (muito) errado; e o terceiro é a galáxia, onde as coisas complexas realmente fazem sentido e eu enxergo as coisas de uma dimensão maior. Nenhum é melhor que o outro, só mais complexo. Eles são todos igualmente bons e poderosos! E o final, apesar de deixar espaço para o “universo”, é incrivelmente satisfatório e congruente.

Ah, e a novela – Noite de Bolo e Marionetes (Livro 2.5) – é a fofíssima história de Zuzana e Mick, que vale muito a pena e deve ser lida entre o 2º e o 3º livros. (Dentro da minha metáfora, ela é um cometa ou uma estrela cadente!).

Leiam todos, se apaixonem, e depois venham me contar! A Universal Pictures comprou os direitos do filme, mas não há novas notícias sobre isso desde 2013. Então não espere por isso, pois a própria Laini Taylor disse que pode nunca acontecer. Até porque, não importa o quão bom seja o filme, não tem como superar a beleza destes livros!

No Geral:
Minha classificação: 5 de 5 estrelas
Eu leria este livro novamente? Já reli uma vez (em português, para poder fazer essa resenha), e com certeza vou reler outras.
Leria outros livros escritos pela autora? Sem dúvida. Já li Lips Touch: Three Times (sem versão em português), uma coleção de histórias curtas, um pouco mais adultas, e decadentemente deliciosas; e quero ler a série Dreamdark (também sem versão em português), que é para um público acima de 9 anos de idade, e que no momento está incompleta.
Eu recomendo? Acho que fica bem claro que SIM, né? Conheço pessoas bem reticentes quanto à fantasia que amaram, então eu recomendo para qualquer pessoa, de qualquer idade. Mas aviso, ela não é aquelas séries que acabam “bonitinhas”, sabe?  Você também vai gostar dessa série se gostou de: Jogos Vorazes, de Suzanne Collins, por causa da realidade brutal da guerra contada de uma maneira linda e esperançosa; O Circo da Noite, de Erin Morgenstern, pela atmosfera mágica.
Classificação Indicativa: Apesar de ter conteúdos de violência e sexo, eu tranquilamente daria este livro para a minha sobrinha de 12 anos ler. Ele é um livro que lida com estes assuntos com esperança e delicadeza.

MEU PRÓXIMO LIVRO, POR FAVOR!
Se você já leu e gostou desta série, eu recomendo: O Circo da Noite, de Erin Morgenstern, se você quer a mesma atmosfera mágica; A trilogia Grisha, de Leigh Bardugo, começando por Sombra e Ossos, se você quer mais mágica e um mundo delicioso; Mistborn, o Império Final, se você quer um livro de fantasia diferente, porém igualmente bem escrito.


E se você amou tanto este livro que quer algo diferente para não poder compará-lo, eu recomendo estes livros (que também são bem escritos): Morto Até O Anoitecer, de Charlaine Harris, o primeiro livro da série de Ficção Sobrenatural que inspirou a série True Blood, que é leve e engraçado (mas atenção, tem conteúdo adulto!); O Estranho Caso do Cachorro Morto, de Mark Haddon, que é uma Ficção Contemporânea curtinha, fofa e estranha; Assasinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie, um Mistério Clássico dos bons; ou A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak, uma linda história de Ficção Histórica que vai te emocionar. 

Quer a resenha de cada livro separadamente? Aqui estão:


Declaração de Amor Feita de Fumaça e Osso (no forno)



Resenha Dias de Sangue e Estrelas (no forno)



Resenha Sonhos de Deuses e Monstros (no forno)



Resenha Noite de Bolo e Marionetes (Novela, Livro 2.5)

terça-feira, 24 de março de 2015

Top Ten Tuesday: Dez Livros da Minha Infância que Eu Adoraria Revisitar


Top Ten Tuesday é um meme criado pelo Blog americano TheBroke and The Bookish onde toda terça feira bloggers do mundo inteiro escrevem sobre a sua versão de uma mesma lista de 10 coisas. Essa semana eu vou falar sobre os Dez Livros da Minha Infância que Eu Adoraria Revisitar.
É incrível como o universo conspira! Acabei de voltar da casa da minha mãe, onde ela me pediu para levar meus livros que ainda estavam com ela para a minha casa pois ela está fazendo uma limpa! Entre estes livros estão vários destes que eu estou listando agora – incluindo a coleção completa do Mundo da Criança que é herança de família! Hoje eu os listei por data que eu li: dos mais antigos para os mais novos.


10) O Mundo da Criança, Enciclopédia Infantil (15 volumes, desde 1949)

Não é a toa que eu era nerd antes mesmo de essa palavra ficar conhecida no Brasil: a coisa que mais liam para mim quando pequena era O Mundo da Criança, uma enciclopédia infantil. Mas essa não é uma enciclopédia comum. Os livros traziam poemas, histórias contadas, histórias de fadas, informações sore animais e a natureza em geral, sobre a história da humanidade, e todo o tipo de coisas interessantes para uma criança de 5 anos. Impossível não se apaixonar! Mas talvez essa loucura por enciclopédias seja uma coisa só minha mesmo. Afinal, eu também lia Barsa por divertimento quando era adolescente...


9) Qualquer Coisa do Monteiro Lobato

Eu acho que eu nunca li de fato, com os meus próprios olhos, nada do Monteiro Lobato. Essa Coleção da foto é a que eu ainda tenho: linda, antiga, divertida – e infelizmente muito extensa para uma menina de 7 anos ler sozinha. Então liam para mim, um pouquinho de cada história cada noite, e eu amava! Não seria maravilhoso lê-la novamente e apreciar o gênio que foi Monteiro Lobato de outra maneira?


8) A Coleção Conte Outra Vez, da Editora Globo, narrado pela Xuxa

“E essa bela história, saiu por uma porta e entrou pela outra. E quem souber que conte outra.” 

Se você nunca ouviu estas palavras ditas pela sua heroína de infância no final de um conto de fadas tocado em um aparelho de fita K7, ou você nasceu depois de 1990, ou se deu muito mal! Eu sou apaixonada por essa coleção – que eu guardo com todo o carinho – porque eles têm o tamanho perfeito para uma criança ler (nem tão longo, nem tão curto); e porque eles têm as ilustrações mais lindas que eu já vi no mundo.  São versões realistas de histórias famosas (e nem tão famosas) de gigantes como os Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen. Isto quer dizer que elas não são tão água com açúcar quanto as suas versões da Disney (apesar de ainda serem apropriadas para crianças). Eu não tinha a coleção inteira com os 12 livros (24 contos), mas parece que vou conseguir completá-la com a ajuda de sites de compra como o mercado livre e a OLX. As minhas favoritas eram A Bela Adormecida, A Fada Pluminha, O Aprendiz de Feiticeiro, e O Pássaro de Ouro. Para saber um pouco mais sobre todas elas, clique aqui


7) Assassinato no Expresso do Oriente, de Agatha Christie

Na verdade, qualquer livro da Rainha (Mor, Suprema, e Maravilhosa) do Mistério caberia aqui, mas este em especial me cativou muito quando pequena. Um assassinato ocorre enquanto o luxuoso Expresso do Oriente está preso na neve no meio da sua jornada de Istambul para Londres. Por sorte, o meu investigador favorito, Hercules Poirot, está neste trem e vai desvendar este mistério! Eu ando com muita saudade da Agatha Christie, e não tenho dúvida que vou (re)visitá-la em breve. Quem sabe quando o meu pacote da Coleção Agatha Christie (Caixa 1) chegar!


6) Pollyanna, de Eleanor H. Porter

Pollyanna hoje é sinônimo de otimismo e ingênuidade exagerados, ou pelo menos é assim que eu ouço por aí. Mas não foi assim pra mim quando eu li esse livro pela 1ª vez, quando eu tinha mais ou menos 9 anos. Ela me ensinou que generosidade se paga pelos amigos que você faz com ela; mas principalmente ela me ensinou que a nossa felicidade depende de cada um de nós, da maneira que escolhemos ver as coisas. Seu copo está meio cheio, ou meio vazio? Só você pode decidir como as coisas te afetam – se positivamente ou negativamente.


5) As Aventuras de Sherlock Holmes, do Sir Artur Conan Doyle

Esse foi o primeiro livro de contos que eu li na minha vida – e que maneira maravilhosa de começar! Estas historinhas curtas e espertas vão fazer você conhecer – e amar – o detetive mais famoso do mundo devagarinho, como deve ser. Sherlock funciona porque não é um personagem perfeito – cheio de falhas para completar a sua genialidade, ele ganha você de mansinho. As histórias mais compridas dele são mais legais, é verdade. Mas esse é um bom começo!



4) O mundo de Sofia, de Jostein Gaarder.

Eu já mencionei que era nerd? Então, esse livro que mistura filosofia com mistério me encantou logo de cara! Ele é um livro mais lento, mas que não tem nada de chato! Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para alguém chamada Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece. O livro segue Sofia enquanto ela tenta descobrir esse mistério, e aprende, lição a lição, o que é a filosofia. Eu reli este livro não faz muito tempo, em honra do nascimento da minha sobrinha Sofia (que tem 1 ano e 9 meses). E acho que eu amei ainda mais do que da 1ª vez! Ele é um livro grosso, mas muito fácil e rápido de ler.


3) Mulherzinhas, de de Louisa May Alcott.  

Este é facilmente o ivro favorito da minha infância. Mulherzinhas é um livro de 1868 que conta a história de 5 mulheres que não tem nada de pequeninhas. Caso você esteja se perguntando, sim, é um título irônico que se contrapõe a imagem da mulher de antigamente. Ele conta a história das mulheres March, uma mãe e suas quatro filhas, e sua a luta pela sobrevivência e felicidade. Em um mundo machista e numa época econômica difícil, as mulheres desta família batalham para viver sem o patriarca por perto (que lutava em uma guerra). Uma boa educação – no sentido acadêmico e de valores pessoais, mas não no sentido de conformidade social – é a coisa mais valorizada nesta família. Cada uma das personagens, apesar de muito diferentes umas das outras, tem suas falhas e grandes qualidades destacadas de uma maneira linda e inspiradora. Foi um marco na minha pré-adolescência e eu recomendo para qualquer um!


2) O Dia do Curinga, de Jostein Gaarder

O Dia do Curinga é a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos antes. No meio da viagem, um livro misterioso desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam a viagem de Hans-Thomas numa autêntica iniciação à busca do conhecimento. Este livro me surpreendeu aos 15 anos de idade. Eu me lembrava de ter gostado de O Mundo de Sofia, mas também me lembrava de ele ser lento. Já O Dia do Curinga não foi! Uma história surpreendente que abriu a minha mente para o meu gênero favorito hoje em dia: a Fantasia! É um livro extraordinário, principalmente para quem gosta que História e charadas estejam entremeadas na sua leitura.


1) Hamlet, de William Shakespeare

Quando eu li Hamlet eu tinha 16 anos e já não era mais criança, verdade, mas sinto que era muito imatura para compreender a complexidade toda do texto. Francamente, faltava em mim a malícia e a sensibilidade política para aproveitar esse livro como deveria. Na peça o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte do pai, que foi morto pelo seu tio (irmão do dito pai), e que acaba casando com a rainha (a viúva, e mãe de Hamlet). Só o que eu conseguia pensar era “Eca! Isso é pior que novela mexicana!” Mas na verdade eu sinto que muito disso foi imaturidade minha. É óbvio que Hamlet tem nuances mais profundas que isso. O que me lembro de mais ter gostado desta peça de Shakespeare foi como lidou com transtornos mentais, de maneira sutil e poderosa ao mesmo tempo (O Hamlet sentia que estava enlouquecendo, e a Ofália era deprimida). Acho que lê-la novamente com o meu olhar mais maduro para leitura e com mais conhecimento da Psicologia seria maravilhoso!


Este é o meu Top Ten de hoje! Mas se você lê em inglês e quer um pouco mais, eu preparei uma lista de livros baseados em contos de fadas que você pode gostar: Cruel Beauty e Guilded Ashes, de Rosamund Hodge são versões YA poderosas de contos de fadas (A Bela e a Fera, e Cinderela, respectivamente), muito originais e nada boazinhas; Strands of Bronze and Gold, de Jane Nickerson é uma versão YA da terrível história do Barba Negra, porém na forma de um Romance Histórico; e, é claro, The Lunar Chronicles (As Crônicas Lunares), de Marissa Meyer, que mistura Fantasia e Ficção Científica em aclamadas versões de contos de fadas (Cinder é sobre a Cinderela, Scarlet sobre a Chapeuzinho Vermelho, Cress sobre a Rapunzel, e Fairest sobre a Rainha Má).


Por favor me conte a sua opinião sobre estes livros, quais deles você está planejando ler, ou fale do que quiser! Eu prometo que respondo!!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Papo de Cinema: Resenha do Filme Insurgente (Divergente 2)


Papo de Cinema é um post em que eu falo de filmes que foram adaptados de livros de Ficção. Quando eu avalio um filme com base no livro que o inspirou, eu sempre procuro olhar para duas coisas principais: 1ª – Alguma coisa essencial para a trama do livro foi mudada? 2ª – O tom do filme era diferente do tom do livro? O livro que virou filme de hoje é Insurgente, de Verônica Roth (para ver a resenha do livro Insurgente, clique aqui; e para a resenha da Trilogia Divergente completa, aqui. Para ver a resenha do filme Divergente, clique aqui)


Nome do filme: Insurgente
Estreia no cinema: 19 de março de 2014  Em DVD: 5 de Agosto de 2014
Diretor: Robert Schwentke
Roteiro: Evan Daugherty e Vanessa Taylor.
Elenco: Novos - Octavia Spencer (Joahnna) ; Naomi Watts (Evelyn Eaton); Keiynan Lonsdale (Uriah); Daniel Dae Kim (Jack Kang); Antigos Shailene Woodley (Beatrice "Tris" Prior); Theo James (Tobias Eaton "Quatro"); Ansel Elgort (Caleb Prior); Ray Stevenson (Marcus Eaton); Kate Winslet (Jeanine Matthews); Zoë Kravitz (Christina); Maggie Q (Tori); Jai Courtney (Eric); Miles Teller (Peter); Ben Lamb (Edward); Mekhi Phifer (Max); Ben Lloyd-Hughes (Will); Christian Madsen (Al); Tony Goldwyn (Andrew Prior); Ashley Judd (Natalie Prior); Amy Newbold (Molly Atwood); Justine Wachsberger (Lauren).

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Logo depois do filme, na fila do banheiro feminino, uma menina que estava atrás de mim falava para a sua amiga: “É, do livro, só sobrou o nome e a autora.” E a sensação foi essa mesmo. Não é verdade que tudo mudou, mas coisas importantes o suficiente mudaram para que o filme ficasse quase irreconhecível e perdesse o tom.

A trilogia Divergente é cheia de aventura, com certeza, mas essa não é a principal parte do livro. Muitas questões filosóficas, tensões políticas e questões éticas movem os livros. O livro Insurgente, em especial, tem muito disso. Outra parte importante do livro são as complicações nos relacionamentos pessoais da Tris. E, honestamente, nada disso foi abordado suficientemente.

Apesar de eu compreender que todas aquelas questões políticas e complicações emocionais não caberiam no filme Insurgente, eu esperava que houvesse pelo menos uma tentativa. Nem isso...
Houve um pouco de romance, apesar de nada muito profundo; houve bastante foco nas questões pessoais da Tris, o que em tom foi bem condizente com o livro, apesar de ser apresentado de maneira muito diferente e quase não envolver  outros personagens como o Quatro e a Cristina; e houve muita ação – gratuita e fora de contexto no entanto. Uma grande parte de tudo isso foi simplesmente inventado, mudado, ou remodelado para servir os propósitos do filme. Eu não sou aquele tipo de pessoa que não aceita mudanças nas adaptações para filmes e eu não me incomodaria com isso, isto é, se os propósitos do filme fossem passar a mensagem do livro ou sequer fazer um filme de conteúdo. Mas não foi isso que pareceu.

O que pareceu é que eles estavam tentando fazer mais um filme de ação voltado para o público jovem, e ganhar muito dinheiro com isso. Foi uma pena, porque o filme Divergente foi até bem legal, e este tinha bastante potencial para ser melhor ainda. Se você ama a trilogia Divergente, eu diria que o filme Insurgente não vale a pena. E eu juro pela minha cópia de capa dura de Razão e Preconceito: se eles dividirem Convergente em dois filmes, eu vou me recusar a assisti-lo no cinema!!


PS: na minha cidade a única opção que havia era assistir o filme em 3D, é mole? Se você odeia ter que usar aquele oclinhos chato, imagina eu que tenho um no rosto e acabo usando dois! Filme em 3D já é o fim, e não beneficiou em nada este filme. 

Resenha Trilogia Divergente (Divergente, Insurgente e Convergente), de Verônica Roth


Muito difícil hoje em dia quem não ouviu falar desta série. Mas mesmo assim tem muita gente em dúvida: lê-la ou não lê-la – es a questão! Espero poder ajudar com esta dúvida, e dar uma luz diferente para esta trilogia tão famosa. Ah, e tem uma discussão sobre o Filme Divergente no final!

Sinopse: Divergente é uma série de Distopia que se passa em uma Chicago futurista. Nesta sociedade as pessoas se dividem em cinco facções em que as pessoas são compelidas a desenvolverem uma determinada virtude especial: Abnegação (altruísmo), Amizade (generosidade), Audácia (coragem), Franqueza (sinceridade) e Erudição (inteligência). Cada uma tem uma função importante nesta sociedade – o que nos faz acreditar que esta sociedade não é só possível, como talvez até faça sentido. Não pertencer a nenhuma destas facções é ser excluído desta sociedade, um pária.
Aos 16 anos de Idade Beatrice Prior participa do teste que todos os cidadãos têm que participar: um que determinará a sua aptidão e influenciará na sua escolha entre continuar na Abnegação (e nunca se sentir completamente parte da sua comunidade) ou seguir seu caminho (e nunca mais conviver com a sua família novamente). E o pior, a resposta tranquilizadora que o teste deveria dar acaba colocando-a em perigo: Beatrice é Divergente, e não se encaixa em lugar algum.

Resenha da Trilogia: Este é um resumo bem fiel do livro, então se você gosta de Distopias com certeza já se interessou. Mas pode ser que você também esteja pensando “Legal, vou assistir o filme e ler outra coisa!”. Eu estou aqui, no entanto, para dizer que esta trilogia vale a pena – com ou sem o filme Divergente. Este é um daqueles livros dignos de serem comparados a Jogos Vorazes, porque ele é muito mais complexo do que aparenta ser.  
Sim, esse livro é sobre uma sociedade injusta e sobre a luta contra esta tirania. Mesmo com a melhor das intenções, mesmo esta pessoa sendo mais inteligente do que eu, será que alguém tem direito de fazer as minhas escolhas por mim? De me impedir de desenvolver dois lados, mesmo que contraditórios, de mim mesma? Acho que estas perguntas são muito pertinentes, mesmo para a nossa vida hoje. Amei essas tensões políticas, que foram feitas de uma maneira cheia de ação, te deixando com o coração na mão o tempo todo.

“A razão humana é capaz de justificar qualquer mal; é por isso que não devemos depender dela.”

Sim, esse livro é sobre uma menina encontrando o seu lugar no mundo e sobre as descobertas que ela faz sobre si mesma neste caminho. E que incrível a maneira que ela descobre estas coisas! Apesar de você estar na cabeça dela, muito pouco do que você sabe são coisas que ela te conta – a maioria são coisas que você descobre junto com ela por meio das interações dela com os outros, ou das fantásticas simulações (Amei essa tecnologia, aliás! É assustadora, mas eu quero pra mim!). É arrebatador descobrir essas coisas com ela, sentir que nós não somos um só, mas a soma das minhas partes. Acho que saber onde a gente se encaixa é algo que perseguimos a vida toda, e que qualquer um pode se identificar com isso.

Mas esse livro também é mais do que isso. Além de liberdade e identidade – dois tópicos poderosos por si só – essa série é sobre a o sentido da vida. Filosófico isso, eu sei, mas é verdade! O que me motiva? Pelo que eu me arrisco? O que eu morreria para salvar?

E é importante eu avisar: esta série não tem dó dos seus sentimentos! Você vai rir, vai chorar, vai se indignar, vai ficar confusa. Enfim, vai mexer com você!

Existem três livros e quatro novelas na série. Eu indico lê-los na ordem que foram lançados (livros primeiro, novelas depois). Eu não faço uma resenha especial para as novelas aqui, mas elas são legais (porém não essenciais). É bom para quem amou os livros e quer um pouco mais – já que são contadas da perspectiva do Quatro, um personagem muito amado por todos.

Acho que outra coisa que vale falar é que o primeiro livro da trilogia, Divergente, é sem dúvida o mais forte dos três! Eu tenho inclusive algumas encrencas com o último livro (e não é o final que me incomodou!). Essa é uma série que com certeza vale a pena, mas não é uma série crescente (pelo menos não foi para mim). Tendo dito isso, saiba também que ela precisa ser lida um livro atrás do outro! Te prometo que você vai se arrepender se não tiver o próximo na mão quando acabar o anterior! Eu falo um pouco tudo sobre isso na resenha específica de cada livro, mas com Spoilers para o livro anterior...

Gênero: Young Adult, Distopia, Ficção Urbana

No Geral:
Minha classificação para a série toda: 4.5 de 5 estrelas
Eu leria este livro novamente? Sim, quem sabe eu até faça isso antes de assistir o filme Insurgente
Leria outros livros escritos pela autora? Com certeza!
Eu recomendo? Sim! Acho que é uma série inescapável se você ama YA, Distopias, ou livros cheios de ação. Você também vai gostar dessa série se gostou de: Jogos Vorazes, de Suzanne Collins; e Legend, de Marie Lu.
Classificação Indicativa: A partir dos 13 anos. Não é muito gráfico, mas esse livro tem um pouco de conteúdo de sexo e violência, além de decisões muito complexas para quem tem menos idade que isso. Mas não tem limite de idade para cima!

MEU PRÓXIMO LIVRO, POR FAVOR!
Se você já leu e gostou desta série, eu recomendo: A trilogia Delírio, de Lauren Oliver, por ser um mundo distópico fenomenal e incrivelmente possível, cheio de ação e surpresas; A trilogia Destino, de Ally Condie, por ser uma distopia que, apesar de mais doce e branda, é uma história surpreendentemente forte.


Se você quer saber mais sobre cada um dos livros, é só clicar no nome do livro que você quer para visualizar a resenha dele. 


      Divergente                                           Insurgente                                         Convergente

E se você quiser você também pode ver a Resenha do Filme Divergente e do Filme Insurgente.

terça-feira, 17 de março de 2015

Top Ten Tuesday - Dez livros que eu quero ler este Outono



Top Ten Tuesday é um meme criado pelo Blog americano TheBroke and The Bookish  onde toda terça feira bloggers do mundo inteiro escrevem sobre uma lista de 10 coisas.

O outono está chegando dia 20 de Março, finalmente! Eu sei que todo mundo ama praia menos eu, mas quem não vai gostar de ver as temperaturas insuportáveis deste verão ficarem mais amenas? E para comemorar, vou falar dos Dez livros que estão na minha TBR neste Outono.

Para quem não sabe, TBR é uma sigla para “To be read”, que quer dizer À Ser Lido em inglês. Portanto uma lista TBR (ou somente uma TBR) é a Lista dos Livros Que Eu Vou Ler. A minha é gigantesca e impossível! Deve ter mais de 300 livros na minha lista que eu gostaria muito de ler. Mas sei que sempre acabam surgindo outros, e que certamente vou acabar deixando alguns para traz. Esta, no entanto, é uma lista de livros que vou ler com certeza até o inverno chegar! Aqui estão o nome do livro e autor, a sinopse (escrita por mim, mas baseada – e as vezes integralmente copiada - na original e geralmente com um comentário que me convenceu), e a razão pela qual eu quero lê-lo. Todos os livros aqui me foram indicados por algum blog ou vlog que eu sigo e confio.


10) Cidades de Papel, de John Green 

Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman. Até que em um cinco de maio que poderia ter sido outro dia qualquer, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola e então descobre que o paradeiro da sempre enigmática Margo é agora um mistério. No entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele achava que conhecia.
Depois de chorar (e sorrir) copiosamente assistindo “A Culpa É das Estrelas” (que infelizmente eu não li), eu adoraria ler Cidades de Papel antes de o filme estrear em Julho.


9) Mentirosos, de E. Lockhart 

A família Sinclair é rica e renomada, porém decadente. Todos são perfeitos exemplos de classe – ou não? A trama gira em torno de Cadence (a principal herdeira da família), e um acidente estranho que acontece na ilha particular dos Sinclair, onde ela, seus primos Johnny e Mirren, e seu amigo de infância Gat (que juntos se intitulam “Os Mentirosos”) passam todos os seus verões. Depois de dois anos conturbados, sofrendo de fortes dores e amnésia e sem ninguém explicar realmente o que aconteceu com ela naquele acidente aos quinze anos, Cadence volta à ilha em busca de respostas. “Mentirosos é um suspense moderno e sofisticado, impossível de largar até que todos seus mistérios sejam desvendados.”
Quero ler este livro pois muita gente o colocou como o melhor livro de Ficção Contemporânea de 2014.


8) Selva de gafanhotos, de Andrew Smith 

Nesta sinopse eu não vou nem tocar: “Na pequena cidade de Ealing, Iowa, Austin e seu melhor amigo, Robby, libertam acidentalmente um exército incontrolável. São louva-a-deus de um metro e oitenta de altura, completamente tarados e famintos. Essa é a verdade. Essa é a história. É o fim do mundo e ninguém sabe o que fazer. Com todos os elementos obrigatórios de um romance apocalíptico, Selva de gafanhotos mistura insetos gigantes, um cientista louco, um fabuloso bunker subterrâneo, um mal resolvido triângulo amoroso-sexual e muita, muita confusão, e está longe de tratar apenas do fim do mundo. Engraçado, intenso e complexo, o livro fala de um jeito inovador de adolescência, relacionamentos, amizade e, claro, de temas um tanto mais inusitados, como testículos dissolvidos e milho modificado geneticamente. Um romance surpreendente sobre a odisseia hormonal, amorosa e intelectual que é essa fase da vida. ‘Selva de Gafanhotos é arrebatador, assustador e engraçado, tudo ao mesmo tempo’ - The New York Times”
Eu realmente preciso falar porque eu quero muito ler esse livro? Além de o Book Riot ter dito que é um livro “mais do que bom” e de ser apocalíptico (amo livros apocalípticos), ele parece ser muito louco e muito divertido – exatamente o meu tipo de livro. Ele acabou de ser lançado, dia 5 de março!


7) O Oceano no Fim do Caminho, de Neil Gaiman

O autor de Stardust - O Mistério da Estrela nos traz um Mistério Sobrenatural que o Kirkus Reviews chamou de “Mordaz e desolador, eloquente e amedrontador, uma fábula que nos lembra como nossa vida é ditada pelas experiências da infância. O que ganhamos com elas e o preço que pagamos.”
Foi há quarenta anos, mas ele lembra muito bem. Ele só tinha sete anos quando um homem que morava no quarto alugado na sua casa cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. O menino sabia que os adultos não conseguiriam compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha horrível, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano.
“Gaiman é um tesouro repleto de histórias, e temos sorte por ele existir.” - Stephen King


6) Aniquilação (Comando Sul Livro 1), de Jeff VanderMeer 

A Área X está isolada do restante do mundo há décadas, e a natureza tomou para si os últimos vestígios da presença humana. Uma primeira expedição de reconhecimento voltou de lá relatando uma terra intocada, um paraíso edênico; a segunda terminou em suicídio em massa; a terceira, em um tiroteio dentro do próprio grupo. Até que os membros da décima primeira expedição retornaram como meras sombras do que eram antes e, após algumas semanas, morreram de câncer. Em Aniquilação, primeiro volume da trilogia Comando Sul, o leitor se junta à décima segunda expedição. O novo grupo é formado por quatro mulheres: uma antropóloga, uma topógrafa, uma psicóloga — líder da missão — e uma bióloga, a narradora do livro. Seus objetivos são mapear o terreno, identificar todas as mudanças ambientais, monitorar as relações entre elas próprias e, acima de tudo, não se contaminarem. Mas o que de fato vai definir os rumos da expedição não é o que está lá, e sim os segredos que guardam umas das outras. As mulheres atravessam a fronteira esperando o inesperado... e é exatamente isso o que encontram.
Mais um Mistério Sobrenatural (com um tanto de Ficção Científica) que ouvi ser absolutamente incrível e viciante! Mas só a capa já seria o suficiente para eu ter vontade de compra-lo! São três livros, mas somente um deles foi traduzido para o português no momento.


5) Os Garotos Corvos (A Saga dos Corvos Livro 1), de Maggie Stiefvater

Todo ano, na véspera do Dia de São Marcos, Blue Sargent (é, o nome dela é Azul mesmo) vai com sua mãe clarividente até uma igreja abandonada para ver os espíritos daqueles que vão morrer em breve. Blue nunca consegue vê-los - até este ano, quando um garoto emerge da escuridão e fala diretamente com ela. Seu nome Gansey, e ela logo descobre que ele é um estudante rico da Academia Aglionby, a escola particular da cidade. Mas Blue se impôs uma regra: ficar longe dos garotos da Aglionby. Conhecidos como garotos corvos, eles são só encrenca. Gansey tem tudo - dinheiro, boa aparência, amigos leais -, mas deseja muito mais. Ele está em uma missão com outros três garotos corvos: Adam, o aluno pobre e ressentido por toda a riqueza ao seu redor; Ronan, a alma pertubada sempre variando entre a raiva e o desespero; e Noah, o observador silencioso que percebe tudo ao seu redor.
Uma mistura de Mistério sobrenatural e Fantasia Urbana, esse livro me foi MUITO bem recomendado. Maggie Stiefvater escreveu os populares “Os Lobos de Mercy Falls” e “A Corrida de Escorpião”, mas dizem que este sem dúvida é seu melhor trabalho. São 4 livros, sendo que o 2º, “Ladrões De Sonhos”, já tem tradução no Brasil.


4) Eleanor & Park, de Rainbow Rowell

Eleanor & Park é engraçado, triste, sarcástico, sincero e, acima de tudo, geek. Os personagens que dão título ao livro são dois jovens vizinhos de dezesseis anos. Park, descendente de coreanos e apaixonado por música e quadrinhos, não chega exatamente a ser popular, mas consegue não ser incomodado pelos colegas de escola. Eleanor, ruiva, sempre vestida com roupas estranhas e “grande” (ela pensa em si própria como gorda), é a filha mais velha de uma problemática família. Os dois se encontram no ônibus escolar todos os dias. Apesar de uma certa relutância no início, começam a conversar, enquanto dividem os quadrinhos de X-Men e Watchmen. E nem a tiração de sarro dos amigos e a desaprovação da família impede que Eleanor e Park se apaixonem, ao som de The Cure e Smiths. Esta é uma história sobre o primeiro amor, sobre como ele é invariavelmente intenso e quase sempre fadado a quebrar corações. Um amor que faz você se sentir desesperado e esperançoso ao mesmo tempo.


3) A Desconstrução de Mara Dyer (A Trilogia Mara Dyer Livro 1), de Michelle Hodkin

Um grupo de amigos… Uma tábua ouija… Um presságio de morte. Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto… até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente pertubada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações – ou seriam premonições? – Os corpos e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la….
Mais um Mistério Sobrenatural/ Fantasia Urbana que eu estou querendo ler há algum tempo. (Como eu tenho esses na minha lista! Acabei de me dar conta...) Basicamente eu amo tudo que tem a ver com alguém que recebe/descobre que tem poderes, e me disseram que esta estória é especialmente boa! O segundo já está traduzido para o português, e espero que o terceiro seja lançado este ano.


2) Os Magos, de Lev Grossman 

Quentin Coldwater é um gênio precoce às vésperas de entrar na faculdade que, como a maioria das pessoas, não acreditava que a magia fosse algo real. Acreditava. Tudo muda quando ele é surpreendentemente admitido em uma universidade – muito antiga, muito secreta, muito exclusiva – de estudos mágicos, ao norte de Nova York. Após se esgueirar por um terreno baldio do Brooklyn na tarde de inverno em que deveria ter feito sua entrevista para entrar em Princeton, Quentin se vê, em pleno verão, no idílico campus da misteriosa Brakebills. Ali – não antes de um difícil e cansativo exame de admissão –, ele dá início a uma extensa e rigorosa iniciação ao universo acadêmico da feitiçaria moderna ao mesmo tempo, descobre também os princípios boêmios da vida universitária: amizades, amores, sexo e álcool. Um vislumbre da vida adulta? Depois de anos levando uma vida hedonista e sem propósito, Ele se lança em uma jornada mágica que pode ser a resposta aos seus anseios. Mas essa expedição acaba tornando-se muito mais sombria e perigosa do que qualquer um poderia imaginar. Nesta estória mágica de crescimento pessoal, Lev Grossman presta tributo ao fantástico presente nas histórias de C.S. Lewis, T.H. White, Neil Gaiman e J.K. Rowling, mas constrói também seu próprio universo original, no qual a fronteira entre o bem e o mal não é exatamente tão clara, amor e sexo não são nada simples ou inocentes e conhecimento e poder têm um preço alto demais.
Hummm, alguém mais ouviu “Harry Potter para adultos”? Eu estou totalmente dentro! O Rei Mago, segundo livro da trilogia, também está disponível em Português.


1) Cinder (As crônicas lunares Livro 1), de Marissa Meyer 

Cinder tem dezesseis anos e é considerada uma abominação tecnológica pela maior parte da sociedade e um fardo por sua madrasta. Por outro lado, ser ciborgue tem suas vantagens: a interface de seu cérebro lhe deu a capacidade sobre-humana de consertar tudo — robôs, aerodeslizadores, os próprios membros cibernéticos quebrados—, tornando-a a melhor mecânica de Nova Pequim. Sua reputação faz com que o herdeiro do império, o príncipe Kai em pessoa, apareça em seu estande na feira, solicitando o conserto de um androide antes do baile anual. Embora esteja ansiosa para agradar o príncipe, Cinder é impedida de trabalhar no androide quando Peony, sua meia-irmã e única amiga, é infectada por uma peste fatal que tem assolado a Terra por anos. Culpando-a pelo destino da filha, a madrasta de Cinder a entrega como voluntária para as pesquisas da doença, uma “honra” a qual ninguém sobreviveu até então. Logo, porém, os pesquisadores descobrem algo de incomum na cobaia recém-adquirida. Algo pelo qual há quem esteja disposto a matar.
Eu amo recontações de contos de fadas, mas honestamente essa sinopse nunca me captou. No entanto, tanta gente diz que a hype sobre essa série é completamente legítima e que todo mundo que gosta de YA tem que lê-la, que eu estou muito curiosa. Esta é uma série, mas de livros independentes. Este é baseado na Cinderela; Scarlet (As crônicas lunares Livro 2) na Chapeuzinho Vermelho; Crest (sem tradução para o português ainda) na Rapunzel; Fairest (uma novela também não traduzida) na Rainha Má; e Winter (que será lançado nos EUA em Novembro) é baseado na Branca de Neve.


0) Mistborn - Nascidos da Bruma: o império final, de Brandon Sanderson 

O que acontece se o herói da profecia falhar? Descubra em Mistborn! Certa vez, um herói apareceu para salvar o mundo. Um jovem com uma herança misteriosa, que desafiou corajosamente a escuridão que sufocava a Terra. Ele falhou... Desde então, há mil anos, o mundo é um deserto de cinzas e brumas, governado por um imperador imortal conhecido como Senhor Soberano. Todas as revoltas contra ele falharam miseravelmente. Nessa sociedade onde as pessoas são divididas em nobres e skaa – classe social inferior –, Kelsier, um ladrão bastardo, se torna a única pessoa a sobreviver e escapar da prisão brutal do Senhor Soberano, onde ele descobriu ter os poderes alomânticos de um Nascido da Bruma – uma magia misteriosa e proibida. Agora, Kelsier planeja o seu ataque mais ousado: invadir o centro do palácio para descobrir o segredo do poder do Senhor Soberano e destruí-lo. Para ter sucesso, Kel vai depender também da determinação de uma heroína improvável, uma menina de rua que precisa aprender a confiar em novos amigos e dominar seus poderes.

Este é o meu Top Ten de hoje! Tem outros livros, como Jogador Numero 1, de Ernest Cline, e Enders (final da duologia Starters) de Lissa Price, que também quero ler mas não mencionei pois já falei deles semana passada. E se você lê em inglês e quer um pouco mais, também pode ler: Bitterblue (terceiro livro da trilogia Graceling), de Kristin Cashore (Fantasia Medieval que se provou fantástica até agora); Grave Mercy (His Fair Assassin Trilogy), de Robin LaFevers (sobre um convento que treina assassinas! Eu não preciso de maiores explicações); ou Angelfall (Penryn and the End of Days Book 1), de Susan Ee, e The Immortal Rules (Blood of Eden Book 1), de Julie Kagawa (ambos Fantasias Urbanas que trazem algo novo para um assunto antigo – anjos e vampiros, respectivamente).


Por favor me conte a sua opinião sobre estes livros, quais deles você está planejando ler, ou fale do que quiser! Eu prometo que respondo!!