Papo de Cinema: Divergente, o Filme



Papo de Cinema é um post em que eu falo de filmes que foram adaptados de livros de Ficção. 

Quando eu avalio um filme com base no livro que o inspirou, eu sempre procuro olhar para duas coisas principais: 1ª – Alguma coisa essencial para a trama do livro foi mudada? 2ª – O tom do filme era diferente do tom do livro?

E, é claro que tem mais uma pergunta que sempre fica: Qual é melhor, o livro ou o filme?

Bom, se a resposta para as duas primeiras perguntas for “Não”, eu provavelmente vou gostar do filme. Simples assim! Eu não sou uma pessoa muito exigente com relação à adaptações de livros, mas eu sei que algumas pessoas são. E geral, nós queremos sentir novamente no filme aquilo que sentimos no livro tão profundamente. Mas gente, isto é realista? Claro que dá para sentir muitas coisas maravilhosas quando assistimos um filme. Mas ele dura de 2 há 3 horas; e quanto tempo você demora para ler um livro geralmente? Pois é!

Para mim, se eu sentir que o filme respeitou o livro (por isso as duas perguntas acima), já está bom!

E quanto à terceira pergunta, você poderia me perguntar “Mas Raquel, o livro não é sempre melhor?” E a minha resposta é “Não é bem assim, depende”. O livro é o livro, claro! Quase sempre ele vai ser melhor exatamente pelo que eu estava falando acima – ele tem mais tempo de capturar a minha atenção e as minhas emoções. Ao mesmo tempo, acho praticamente impossível sair um filme bom de um livro ruim, mas existem muitos filmes ruins que saíram de livros bons.

No entanto, existem muitos livros extremamente bem escritos e com histórias fantásticas que, infelizmente, são um pouco lentos e extensos para o gosto de algumas pessoas. O Nome da Rosa, Desejo e Reparação, e O Senhor dos Anéis me vêm à mente, por exemplo. O que não quer dizer que o filme é melhor, só que ele alcança o gosto de um número maior de pessoas.

Divergente, o filme

Enfim, comecei toda essa conversa importante para falar do filme Divergente, baseado no livro homônimo de Verônica Roth. Já que o segundo filme, Insurgente, será lançado amanhã aqui no Brasil, achei que seria legal falar um pouquinho do primeiro.

Nome do filme: Divergente
Estreia no cinema: 21 de março de 2014  Em DVD: 5 de Agosto de 2014
Diretor: Neil Burger
Roteiro: Evan Daugherty e Vanessa Taylor.
Elenco: Shailene Woodley (Beatrice "Tris" Prior); Theo James (Tobias Eaton "Quatro"); Ansel Elgort (Caleb Prior); Ray Stevenson (Marcus Eaton); Kate Winslet (Jeanine Matthews); Zoë Kravitz (Christina); Maggie Q (Tori); Jai Courtney (Eric); Miles Teller (Peter); Ben Lamb (Edward); Mekhi Phifer (Max); Ben Lloyd-Hughes (Will); Christian Madsen (Al); Tony Goldwyn (Andrew Prior); Ashley Judd (Natalie Prior); Amy Newbold (Molly Atwood); Justine Wachsberger (Lauren).

Divergente é um filme que teve críticas muito (desculpem o trocadilho barato, mas não resisti) divergentes! Os críticos de cinema, tanto aqui no Brasil quanto nos EUA, não apoiaram muito o filme por achar a trama fraca e previsível. Apesar disso, concordaram que os atores – em especial Shailene Woodley, que interpreta Tris e já estreou em filmes como o aclamado “Os Descendentes” – fizeram o filme valer a pena.

Eu, particularmente, gostei bastante do filme! Verdade, ele é muito voltado para o público em geral e acaba focando mais na ação do que na profundidade da estória. Ainda assim, senti que o livro foi respeitado. Houve algumas mudanças na trama, mas nada que tenha me feito muita diferença. E, realmente, os atores ganham a cena! Quando Shailene Woodley foi anunciada eu não achei que ela daria uma boa Tris. Mas sou obrigada a admitir que ela estava perfeita para o papel. Shailene conseguiu passar a força, coragem e tranquilidade da Tris, sem ser piegas. Os outros personagens menores também funcionaram muito bem – como a Cristina, interpretada com muita descontração pela Zoe Kravitz (sim, filha do Lenny Kravitz!), e o Marcus, interpretado por Ray Stevenson.

Acho que o fator principal para eu gostar do filme foi que o tom de mistério, urgência, diversão estava todo lá. Eu fiquei apreensiva nos momentos certos, sorri nos momentos certos, e fiquei com o coração na mão quase todos os momentos. Tá, não é um filme que vai mudar a sua vida, mas com certeza é uma boa diversão!

“Mas e aí, o filme é melhor que o livro?”


Claro que não, né? Mas é divertido de assistir!

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