Papo de Cinema é um post em que eu falo de filmes que
foram adaptados de livros de Ficção. Quando eu avalio um filme com base no
livro que o inspirou, eu sempre procuro olhar para duas coisas principais: 1ª –
Alguma coisa essencial para a trama do livro foi mudada? 2ª – O tom do filme
era diferente do tom do livro? O livro que virou filme de hoje é Insurgente, de Verônica Roth (para ver a resenha do livro Insurgente, clique aqui; e para a resenha da Trilogia Divergente completa, aqui. Para ver a resenha do filme Divergente, clique aqui)
Estreia no cinema:
19 de março de 2014 Em DVD: 5 de Agosto
de 2014
Diretor: Robert Schwentke
Roteiro: Evan Daugherty e Vanessa
Taylor.
Elenco: Novos - Octavia Spencer
(Joahnna) ; Naomi Watts (Evelyn Eaton); Keiynan Lonsdale (Uriah); Daniel
Dae Kim (Jack Kang); Antigos – Shailene Woodley (Beatrice "Tris" Prior); Theo
James (Tobias Eaton "Quatro"); Ansel Elgort (Caleb Prior);
Ray Stevenson (Marcus Eaton); Kate Winslet (Jeanine Matthews); Zoë
Kravitz (Christina); Maggie Q (Tori); Jai Courtney (Eric); Miles
Teller (Peter); Ben Lamb (Edward); Mekhi
Phifer (Max); Ben
Lloyd-Hughes (Will);
Christian
Madsen (Al); Tony
Goldwyn (Andrew Prior); Ashley Judd (Natalie Prior); Amy Newbold (Molly Atwood); Justine Wachsberger (Lauren).
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Logo depois do filme, na fila do banheiro feminino, uma
menina que estava atrás de mim falava para a sua amiga: “É, do livro, só sobrou
o nome e a autora.” E a sensação foi essa mesmo. Não é verdade que tudo mudou,
mas coisas importantes o suficiente
mudaram para que o filme ficasse quase irreconhecível e perdesse o tom.
A trilogia Divergente é cheia de aventura, com certeza,
mas essa não é a principal parte do livro. Muitas questões filosóficas, tensões
políticas e questões éticas movem os livros. O livro Insurgente, em especial,
tem muito disso. Outra parte importante do livro são as complicações nos
relacionamentos pessoais da Tris. E, honestamente, nada disso foi abordado suficientemente.
Apesar de eu compreender que todas aquelas questões
políticas e complicações emocionais não caberiam no filme Insurgente, eu
esperava que houvesse pelo menos uma tentativa. Nem isso...
Houve um pouco de romance, apesar de nada muito profundo;
houve bastante foco nas questões pessoais da Tris, o que em tom foi bem
condizente com o livro, apesar de ser apresentado de maneira muito diferente e
quase não envolver outros personagens
como o Quatro e a Cristina; e houve
muita ação – gratuita e fora de contexto no entanto. Uma grande parte de tudo isso foi simplesmente inventado, mudado,
ou remodelado para servir os propósitos do filme. Eu não sou aquele tipo de
pessoa que não aceita mudanças nas adaptações para filmes e eu não me
incomodaria com isso, isto é, se os propósitos do filme fossem passar a
mensagem do livro ou sequer fazer um filme de conteúdo. Mas não foi isso que
pareceu.
O que pareceu é
que eles estavam tentando fazer mais um filme de ação voltado para o público
jovem, e ganhar muito dinheiro com isso. Foi uma pena, porque o filme
Divergente foi até bem legal, e este tinha bastante potencial para ser melhor
ainda. Se você ama a trilogia
Divergente, eu diria que o filme Insurgente não vale a pena. E eu juro pela
minha cópia de capa dura de Razão e Preconceito: se eles dividirem Convergente
em dois filmes, eu vou me recusar a assisti-lo no cinema!!
PS: na minha cidade a única opção que havia era assistir
o filme em 3D, é mole? Se você odeia ter que usar aquele oclinhos chato,
imagina eu que tenho um no rosto e acabo usando dois! Filme em 3D já é o fim, e
não beneficiou em nada este filme.
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