quarta-feira, 20 de maio de 2015

Top Ten Tuesday – Dez Tipos de Livros Que Eu Evito Ler


Top Ten Tuesday é um meme criado pelo Blog americano TheBroke and The Bookish  onde toda terça feira bloggers do mundo inteiro escrevem sobre uma lista de 10 coisas. Essa semana eu vou falar sobre Dez Tipos de Livro Que Eu Evito Ler, sempre que posso. O tópico original pedia dez livros que eu provavelmente nunca vou ler, mas eu não consegui achar dez! Pensei que falar um pouco sobre os tipos de livro que eu evito, e porque, seria uma melhor pedida.
A grande realidade é que eu leio MUITO (apesar de bem menos do que eu gostaria), mas todos os livros que eu leio passam por um crivo feroz. Eu preciso, além de simpatizar com ele, ter ouvido falar muito bem dele de pelo menos duas pessoas diferentes que eu confie (normalmente amigos, blogueiros e booktubers, ou blogueiros/booktubes que são meus amigos). E ainda assim, a minha TBR* é imensa!!!
Aqui estão, portanto, algumas coisas que me fazem evitar um livro (os links dos livros são para as suas descrições no Skoob, ou para a minha resenha deles):


10) Livros dentro dos meus gêneros favoritos (Fantasia e YA) que parecem, de alguma forma, “elementares”:

Existem alguns livros que, apesar de não serem ruins, são livros que eu certamente vou passar batido apesar da sua fama. Nos meus gêneros favoritos, Fantasia e YA, isso acontece para mim com muito mais frequência, pois eu já li muita coisa dentro desse gênero – o que me faz ser muito mais crítica. O livro Legend, da autora Marie Lu, por exemplo, é um livro que eu li que eu categorizaria como elementar. Ele não tem nada errado, mas o mundo e os personagens são pouco desenvolvidos, a estória é um pouco clichê, e ele não traz nada de muito novo ou interessante pra mim. Como eu escrevi na minha resenha, talvez se eu tivesse lido ele quando ele foi lançado, antes de eu ler outras distopias mais interessantes, eu teria adorado. Os outros livros da série, apesar de estarem me esperando na minha estante, não sei se vou ler. Um livro que eu não li, mas duvido que leia por esse mesmo motivo, é A Seleção, da Kiera Cass. Já ouvi falar que é legal, mas eu sei dentro de mim que não vou gostar porque ele soa “elementar”...


9) Livros que demoram tanto para apresentar o mundo e cenário que parece que não vão começar de verdade nunca:

E amo Fantasia, mas o meu gênero favorito tem uma reputação – por vezes verdadeira – de ser tão lento no começo que as pessoas até desistem de ler. Foi o meu caso com O Hobbit, do gênio J. R. R. Tolkien. O livro é tão minucioso em explicar cada detalhe, que eu estava cansada dele antes mesmo de chegar na parte boa (que eu sei que está lá). Resultado: está empacado na minha estante. Outro livro que sei que é bom mas não conseguir prosseguir com ele é O Mundo Pós-Aniversário, de Lionel Shiver  - que prova, por ser Ficção Contemporânea, que não são só os livros de Fantasia que sofrem deste mal. Se eu algum dia vou pegar eles para ler novamente, eu não sei. Mas sempre que alguém me diz que tem uma parte do livro que é “interminável”, eu evito.


8) Livros que fingem ser uma coisa, mas são outra:

Detesto livros que te prometem algo – fazendo aquelas promessas infames como “cheio de ação”, ou o terrível “para fãs de (inserte aqui qualquer livro popular no momento)” – e não cumprem! Sempre que eu leio sobre um livro que descumpriu a sua promessa, eu automaticamente o evito. Um destes foi Abraham Lincoln, Caçador de Vampiros, do Seth Grahame-Smith. Eu esperava uma estória cheia de ação, digna de um caçador de vampiros. O que eu tive? Um livro de história (com H) com um pouquinho de ficção e umas coisas meio nojentas no meio... não gostei!


7) Livros que viraram filme, e que eu vi o filme e não gostei muito:

Eu tento – tento, mas tento mesmo – não assistir um filme baseado em um livro antes de lê-lo. Mas às vezes não dá, né gente? Eu não me incomodo tanto de já saber como acaba uma estória antes de lê-la. Mas que tristeza quando o filme não é tão bom assim! Daí, sabendo a estória e não gostando tanto, dificilmente eu vou me dar o trabalho de ler o livro. Da mesma forma quando o dito livro – apesar de ter uma boa estória – não faz muito meu tipo. Ler pra quê? Eu fico sentindo que tenho outras coisas mais importantes na minha TBR*, sabe?


6) Livros de Comédia (Não-Ficção):

Apesar de eu alegremente dar livros como Nunca Antes naHistória Deste País, do comediante Marcelo Tas, de presente, eu não leio livros de comédia. Eu não tenho um bom motivo para esse, a não ser o meu gosto pessoal. Eu já não sou a maior fã de Não-Ficção – Não-Ficção engraçada então, realmente não é a minha praia. Não me leve a mal, eu adoro comédia, stand-up em especial, mas na TV ou no teatro. Eu preciso da entonação e carisma do comediante para a minha experiência estar completa. Comédia Romântica (como os livros da Sophie Kinsella, por exemplo) ou livros de crônicas (como Doidas e Santas, da Martha Medeiros, que eu adoro!) eu acho legal, só não comédia...


5) Livro Histórico de Não Ficção:  

É, realmente Não-Ficção não é a minha praia. Eu adoro história! Era uma das minha matérias favoritas no colégio, e eu acho muito interessante ler artigos sobre como fatos históricos se desenrolaram, ou estão até hoje afetando as nossas vidas. Mas livros, inteirinhos, cheios de detalhes e datas? Não, muito obrigada. Livros de Ficção Histórica – principalmente aqueles muito bem escritos – eu adoro. Por exemplo, estou louca para ler a Trilogia O Século, de Ken Follett.


4) Livros de Terror com cenas muito fortes e explícitas:

Fun Fact sobre mim: eu sonho muito e toda noite. Tem gente que lembra dos seus sonhos raramente, se alguma vez; já eu lembro de múltiplos sonhos por noite. Isso quer dizer, por exemplo, que quando eu assisti Eu Sou A Lenda (o filme homônimo do livro, também intitulado A Última Esperança, de Richard Matheson) eu sonhei com ele a semana inteira. Sim, eu sou medrosa, e daí? Se eu posso ler livros que me fazem sonhar com mágica e fantasia, porque eu iria querer sonhar com monstros? – Ler It, A Coisa, de Stephen King, por exemplo: sem chance!


3) Livros que o/a protagonista não se desenvolve:

Não me importa que um personagem seja chato, infantil, imaturo, ou que me dê vontade de chacoalhar ele por todas as escolhas estúpidas que faz. O que me importa é quando, apesar disso tudo, as suas ações não tem consequências e ele continua igualzinho do começo ao fim. Se alguém começa uma estória imaturo, eu tenho sim a expectativa que ele amadureça. Na verdade, eu sempre espero que estórias significativas tragam mudanças significativas na pessoa. Se alguém começou perfeito, eu também vou esperar que ele perca o controle e se desespere, crescendo de alguma forma  com isso. As pessoas precisam se desenvolver junto com a estória, pelamordedeus! A série Instrumentos Mortais, da Cassandra Clare, é assim! Os protagonistas, inclusive no finale, no 6º livro, se recusam a aprender com os seus erros. Os primeiros livros não são ruins, mas vai cansando...


2) Livros muito tristes e pesados:

Para este sim, eu tenho uma boa razão. Para quem não sabe, eu sou psicóloga clínica de profissão. Eu atendo muitas pessoas semanalmente, e frequentemente me deparo com histórias tristes e pesadas. Eu gosto muito MUITO do que eu faço, e posso honestamente dizer que gosto de ajudar pessoas em sofrimento a encontrar outras maneiras de ver a vida. Mas eu não gosto de ler sobre isso. Primeiro porque eu sei profundamente como isso funciona, e qualquer discrepância na veracidade me perturba. Ou seja, eu acabo analisando psicologicamente o livro, e ele perde a graça. Segundo porque ler é o meu hobby, e este tipo de livro não me faz fugir da realidade, e sim empatizar com ela. O meu tempo livre precisa fazer eu me sentir no meu tempo livre, e não no meu trabalho. Precisamos Falar Sobre Kevin, de Lionel Shriver, é um exemplo de um livro que eu li e me senti trabalhando o tempo todo; apesar de ser um livro muito bem escrito, eu não foi de divertido ler.


1) Livros que glamurizam e romantizam relações tóxicas:

Infelizmente existem muitos livros por aí chamando abuso de amor, e isso é definitivamente algo que me faz passar muito longe de um livro. Não, eu não estou falando de uma relação consensual adulta onde há, por exemplo, sadomasoquismo em uma parte específica da relação do casal. Eu estou falando de relações onde crimes ocorrem, e isso é chamado de amor. Um menor com alguém mais experiente, por exemplo. “Ah, mas ela/ele queria, e foi ela/ele que deu em cima do outro!” Hum... Não! É crime, e muitas vezes o menor não tem noção da escolha que está fazendo. Mas o adulto deveria ter.
Um outro ótimo exemplo é uma relação onde ciúme excessivo, perda de liberdade, e muitas vezes violência são colocados como “paixão”. Hum... Definitivamente não! Claro que cada caso é um caso, mas eu não fico confortável com a estória de “você pertence a mim e eu a você”, mas o que na verdade isso quer dizer é “eu tenho direito de te controlar”. Me descreveram o romance do livro Belo Desastre, de Jamie McGuire, super bem sucedido na sua categoria, exatamente assim. Por isso, não vou nem chegar perto. Não julgo quem gosta, de maneira alguma, mas não é pra mim!


Este é o meu Top Ten de hoje!

Concordou? Descordou profundamente? Acha que eu estou errada na minha opinião sobre algum livro que você leu e eu não? Por favor me fale! Me conte a sua opinião sobre tudo isso, me conte o que faz você evitar um livro, ou fale do que quiser! Eu prometo que respondo!!



* Lista TBR: To Be Read, lista de livros que eu quero ler

terça-feira, 12 de maio de 2015

Top Ten Tuesday: Dez Autores Confirmados Para a Bienal do Livro do Rio em 2015!

Top Ten Tuesday é um meme criado pelo Blog americano The Broke and The Bookish onde toda terça feira bloggers do mundo inteiro escrevem sobre uma lista de 10 coisas. Essa semana eu vou falar sobre Dez Autores Confirmados Para a Bienal do Livro do Rio em 2015! Tecnicamente a lista era para ser de dez autores que eu quero muito conhecer (que é gigante!), mas sejamos realistas, se eles não vierem ao Brasil, vai ser muito difícil. Por sorte muita gente legal já confirmou presença na 17ª edição da Bienal do Livro, que ocorrerá de 3 a 13 de setembro no Rio de Janeiro. Para que é rato de livraria ir a uma Bienal do Livro já é incrível – tantos livros novos maravilhosos, tantos expositores interessantes. Mas conhecer ao vivo alguém que escreve livros que você adora é melhor ainda! A minha seleção tem autores Brasileiros e estrangeiros, e não está em nenhuma ordem particular – a não ser pela número 1, que é uma das minhas autoras favoritas de Fantasia YA! Ah, e todos os autores tem links para as suas páginas no Goodreads ou Skoob (livros também!)



Bianca Briones é uma autora brasileira que escreve New Adult (um gênero pouco visto aqui no Brasil). O seu livro As Batidas Perdidas doCoração lançado em 2014 (e O Descompasso Infinito do Coração, sua continuação lançada mês passado) foi muito bem criticado pelo público. É uma história comovente e envolvente sobre um casal de jovens opostos, mas que se unem através do luto que estão passando, travando uma batalha contra vícios e a dor. Parece ser pesado, mas bem bom!



Mais uma autora Brasileira que está fazendo sucesso com histórias de romances mais jovens (tipo YA, ou NA). Seu primeiro livro, Perdida:Um Amor Que Ultrapassa as Barreiras do Tempo, foi um sucesso de público, virando até best-seller na Alemanha. Seus livros parecem ser uma mistura de Ficção Contemporânea com Ficção Histórica, e sempre com um quê de contos de fadas. No Mundo da Luna, sua obra mais recente, também já está causando burburinho nas redes sociais.



Os Romances Sobrenaturais desta brasileira estão dando o que falar. O primeiro livro da autora, intitulado Não Pare, após ser um sucesso de vendas na Amazon foi publicado pela editora Valentina e já tem continuação: Não Olhe e Não Fuja, todos com críticas altamente positivas de público. São livros cheios de mistérios, de passo muito rápido e aparentemente viciantes. Estou muito curiosa para ler!




Autor americano da Saga do Mago (Mago: Aprendiz,  Mago: Mestre, Mago: Espinho de Prata, e Mago:As Trevas de Sethanon), aclamada série que faz sucesso entre fãs de Fantasia no mundo todo. Ela é vendida como infanto-juvenil no Brasil, mas não nos Estados Unidos. Ela conta a trajetória de um menino que se torna mago, e precisa salvar o seu povo. Ainda não li, mas entrou na minha TBR.



Julia Quinn é uma famosa escritora americana de Ficção Histórica. Seus romances tendem a encantar até aqueles amantes de Ficção Histórica que não gostam muito de romance, ou aqueles amantes de romance que não curtem muito livros de época. Com bom humor, suspense e heroínas fortes, ela conquistou fãs no mundo inteiro. A sua mais famosa série, Os Bridgertons, tem cinco livros lançados no Brasil: O Duque e Eu; O Visconde Que Me Amava; UmPerfeito Cavalheiro; Os Segredos de Colin Bridgerton; e Para Sir Phillip, Com Amor.



A saga As Aventuras do Caça-Feitiço (já no seu 14 livro) já é sensação há muito tempo como uma série de Fantasia infanto-juvenil. Mas recentemente recebeu muita atenção por o primeiro livro da saga, O Aprendizter sido transformado em filme - O Sétimo Filho (Seventh Son) , que foi lançado em 2014. A história acompanha Thomas, que por ser o sétimo filho de um sétimo filho tem o dom de ver o mundo sobrenatural, com bruxas e outros seres das trevas. Ele é treinado por John Gregory (interpretado no cinema pelo maravilhoso Jeff Bridges) para se tornar um Caça-Feitiço e combater o mal. Ainda não vi o filme, exatamente por não ter lido o livro. Mas não demora muito, tenho certeza, até porque a divina Julianne Moore também está no elenco.



Eu não sou a maior fã de Chick Lit (Comédias Romanticas literarias), apesar de gostar delas na TV. Mas é inegável que a britânica Sophie Kinsella é um fenômeno neste ramo. Sua obra mais famosa, a série Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, faz sucesso até hoje. Mas títulos como Samantha Sweet, Executiva do Lar, e Lembrade mim? estão ganhando cada vez mais o público que adora boas risadas com o seu romance. Tidos como bem escritos e complexos – apesar de leves – seus livros fazem muita gente se identificar.



Os best sellers da americana Colleen Houck, que fazem parte da sua série A Maldição do Tigre (A Maldição do tigre, O Resgate do Tigre, A Viagem do Tigre, O Destino do Tigre, e A Promessa do Tigre), estão na minha TBR* há um bom tempo! É uma série de Fantasia encantadora, onde a amizade e amor entre uma menina e um tigre revela uma maldição lançada há anos. Mágica e sedutora, esta série conquistou fãs de todas as idades e nacionalidades.



O dom de mexer com as emoções dos seus leitores é a principal característica da americana Colleen Hoover. Seus livros de Ficção Contemporânea, que são principalmente YA, são aclamados por lidarem com assuntos difíceis e sensíveis para pessoas de qualquer idade – como luto, depressão, e crescimento pessoal. Ou seja, não é mais uma historinha sobre o baile de formatura (nada contra estas, tá? Só são bem diferentes). Ela é autora das séries Slammed (Métrica, PausaEssa Garota) e Hopeless (Um Caso Perdido, e Sem Esperança), ambas sucesso de vendas. Ficção Contemporânea em geral não é a minha praia, mas se fosse, eu estaria frenética pela chegada de Colleen Hoover ao Brasil!


1) Leigh Bardugo (YYYYYYYYYY!!!!!!!)

Autora de uma das minhas séries de Fantasia YA favoritas, a Trilogia Grisha (resenha aqui), Leigh Bardugo sabe muito bem como escrever personagens cheios de mágica, porém 100% humanos nos seus sentimentos. Esta série de Fantasia Épica me viciou nos seus livros, pois criou um mundo único e vívido do qual eu não queria sair, e uma história rápida e intrigante, que eu não queria terminar de ler. Ainda bem que ela está lançando um livro este ano neste mesmo mundo (porém não com os mesmos personagens principais). Se eu for para a Bienal, pode ter certeza que ela terá muito a ver com isso!


Este é o meu Top Ten de hoje! Que autor você mal pode esperar para conhecer? Ele está nesta lista? Quais destes autores eu não deveria deixar de ler? Me cone sua opinião sobre os livros destes autores, ou quais deles você está planejando ler. Ou fale do que quiser! Eu prometo que respondo!!



domingo, 10 de maio de 2015

Resenha 3 por 1: O Menino de Vestido, Fique onde Está e Depois Corra, e O Estranho Caso do Cachorro Morto


Três por um é um post em que eu faço três resenhas pequenas dentro de um mesmo tema. Hoje eu resolvi falar sobre Três Livros Sobre Garotos Vivendo Situações Únicas. Dennis é um menino que gosta de usar vestido e ler a Vogue. Alfie vê a sua vida mudar quando começa a primeira guerra, e tem que resgatar o pai de um lugar terrível. Christopher é autista e quer descobrir quem matou seu melhor amigo: o cachorro da vizinha. Todos tocantes e surpreendentemente engraçados.


O Menino de Vestido, de David Walliams

Título Original: The Boy in the Dress
Autor: David Walliams
Lançamento: 25 de Junho de 2009
Número de Páginas: 242
Editora: Harper Collins Children's Books

Título Nacional: O Menino de Vestido
Lançamento no Brasil: 16 de maio de 2014
Número de Páginas: 192
Editora no Brasil: Intrínseca

Sinopse: A vida de Dennis não é nenhum mar de rosas: ele foi abandonado pela mãe, não se entende com o irmão, o pai está deprimido e, para piorar, há uma regra em casa que proíbe abraços. Só duas coisas o fazem feliz: jogar futebol e olhar vestidos bonitos. Ele é o atacante do time do colégio e adora a revista Vogue. Durante uma detenção, Dennis conhece Lisa, a menina mais bonita da escola e que também se interessa por moda. Os dois se tornam amigos e passam a se encontrar na casa dela. Até que um dia ela o convence a pôr um vestido e ir à aula fingindo ser uma aluna de intercâmbio.

Gênero: Infantil, Infanto-juvenil, Ficção Contemporânea

Resenha: O Menino de Vestido é um livro infantil muito bonitinho e divertido. É rápido de ler e interessante; porém, ainda assim, é claramente um livro infantil. Tem uma escrita bastante simples e um enredo bem previsível – para um adulto – mas é ideal para uma criança de até 12 anos. O que eu mais gostei no livro foi, de fato, a mensagem de liberdade de expressão e identidade. E daí se um menino quiser/gostar de usar um vestido? Isto automaticamente muda quem ele é ou a sexualidade dele? Este livro diz que não, e diz também que ser único é legal e importante, uma mensagem que por sua vez é muito legal e ainda mais importante.

No Geral:
Minha classificação: para adultos 3 de 5 estrelas; para crianças 4.5 de 5 estrelas
Eu leria este livro novamente? Não, mas o leria com os meus sobrinhos com certeza.
Leria outros livros escritos pelo autor? Sim.
Eu recomendo? Para crianças ou pessoas interessadas no tema, sim.
Classificação Indicativa: não há restrição de idade para este livro, mas acredito que em especial crianças dos 7 aos 12 anos adorariam este livro.


Fique Onde Está e Então Corra, de John Boyne

Título Original: Stay Where You Are And Then Leave
Autor: John Boyne
Lançamento: 25 de março 2014
Número de Páginas: 242
Editora: Henry Holt and Co.

Título Nacional: Fique Onde Está e Então Corra
Lançamento no Brasil: 12 de junho de 2014
Número de Páginas: 256
Editora no Brasil: Seguinte

Sinopse: O amor é a única arma para curar traumas. Do autor de O menino do pijama listrado, uma história sobre a Primeira Guerra Mundial vista pelos olhos de um garoto. Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados — enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa.

Gênero: Infantil, Infanto-juvenil, Ficção Histórica

Resenha: Eu me lembrava do quanto amei O Menino do Pijama Listrado quando eu o li, mas este livro me relembrou do por que. Sensível, simples e intrigante, Fique Onde Está e Então Corra me emocionou profundamente. A escrita é simples e acessível a qualquer criança maior de 8 anos de idade, mas não por isso ela é menos articulada ou os personagens menos complexos. O enredo não surpreende, mas também não decepciona, contando a história vívida, realista e emocionante de um menino que quer o seu pai e a sua vida de volta. Vivemos com ele, absorvendo toda a inocência, clareza e insegurança de uma criança que vive uma situação sem volta. É lindo, triste, engraçado, e cheio de esperança. Este é um que vai ficar comigo por um bom tempo.

No Geral:
Minha classificação: 4.5 de 5 estrelas
Eu leria este livro novamente? Sim
Leria outros livros escritos pelo autor? Sim.
Eu recomendo? Sim, para qualquer pessoa de qualquer idade. Você também vai gostar desse livro se gostou de: O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne; A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak; O Estranho Caso do Cachorro Morto, de Mark Haddon, todos por serem igualmente sensíveis e engraçados ao falar de questões sérias e delicadas. 
Classificação Indicativa: não há restrição de idade para este livro, crianças a partir de nove anos já conseguem compreender a linda e simples complexidade deste livro.


O Estranho Caso do Cachorro Morto, de Mark Haddon

Título Original: The Curious Incident of the Dog in the Night-Time
Autor: Mark Haddon
Lançamento: 18 de Maio de 2004
Número de Páginas: 226
Editora: Vintage

Título Nacional: O Estranho Caso do Cachorro Morto
Lançamento no Brasil: 13 de Fevereiro de 2012 (12ª Edição) 
Número de Páginas: 287
                                         Editora no Brasil: Record

Sinopse: Christopher John Francis Boone sabe de cor todos os países do mundo e suas capitais, assim como os números primos até 7.507. Gosta de animais mas não entende nada de relações humanas. Adora listas, padrões e verdades absolutas. Odeia amarelo e marrom e, acima de tudo, odeia ser tocado por alguém. Christopher Boone tem 15 anos e sofre de síndrome de Asperger, uma forma de autismo. Um dia, Christopher encontra Wellington, o cachorro da vizinha morto no jardim. É acusado de assassinato e preso. Depois de uma noite na cadeia, decide descobrir quem matou o animal, e, inspirado no seu personagem fictício favorito, o impecavelmente lógico Sherlock Holmes, escreve um livro, relatando suas investigações. O resultado é 'O Estranho Caso do Cachorro Morto' é o livro de estréia do inglês Mark Haddon. A história do garoto autista que sabe tudo sobre matemática e quase nada sobre seres humanos já conquistou um dos mais importantes prêmios estrangeiros: o Whitbread 2003, na categoria livro do ano.

Gênero: Infantil, Infanto-juvenil, Ficção Contemporânea

Resenha: Este livro foi uma das mais deliciosas surpresas que tive. Comprei o livro por acaso, em um aeroporto, só para não ficar sem nada para ler. E ele não só é uma descrição fiel e sensível de uma pessoa com Sindrome de Asperger, como é cheio de insights, engraçado e verdadeiramente brilhante enquanto literatura. Recomendo para qualquer pessoa como um livro leve e profundo ao mesmo tempo. Garanto que você não precisa ter interesse em Autismo para gostar dele. E ele tem um que de mistério super divertido!

No Geral:
Minha classificação: 5 de 5 estrelas
Eu leria este livro novamente? Sim
Leria outros livros escritos pelo autor? Sim.
Eu recomendo? Sem dúvida. Você também vai gostar desse livro se gostou de: O Menino do Pijama Listrado, de John Boyne; A Menina que Roubava Livros, de Markus Zusak; pela escrita sensível e por saber tornar coisas sérias em coisas engraçadas, sem perder o tato. 

Classificação Indicativa: talvez algumas imagens (como a do cachorro morto, bem no começo do livro, e outros conteúdos de cunho sexual leve) sejam um pouco desnecessárias para crianças. Este é um livro vendido como literatura Adulta, mas não vejo problemas em pessoas a partir de 12 anos de idade lerem este livro.


E Você? Já leu algum destes livros? Gostou? Pensou em algum outro livro parecido para me indicar? Deixe a sua mensagem e eu prometo que respondo!

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Top Ten Tuesday Especial Dia das Mães: Dez Livros Para Dar Para a sua Mãe neste Dia das Mães

Top Ten Tuesday é um meme criado pelo Blog americano The Broke and The Bookish onde toda terça feira bloggers do mundo inteiro escrevem sobre uma lista de 10 coisas. Mas esta semana eu não vou seguir o tópico proposto pelas meninas, porque vou fazer um Top Ten Tuesday Especial Dia das Mães: são dez recomendações de livros para agradar a todos os tipos de mãe! Além disso, vou falar um pouquinho sobre livros que você NÃO deve dar para a sua mãe de dia das mães – não porque são ruins, mas porque não são apropriados para o dia.

Tudo que uma mãe quer no dia das mães é ver o carinho que o filho colocou naquele presente. Este presente, normalmente, não precisa ser caro, mas sim atencioso! Por isso descubra que tipos de livros a sua mãe gostou de ler ultimamente, e escolha um novo só para ela. Aqui a sinópse e o meu comentário para te ajudar!

10) Para Mães Que Gostam de Terror e Suspense: Caixa de Pássaros, de Josh Malerman

Romance de estreia de Josh Malerman, Caixa de Pássaros é um thriller psicológico tenso e aterrorizante, que explora a essência do medo. Uma história que vai deixar o leitor completamente sem fôlego mesmo depois de terminar de ler. Basta uma olhadela para desencadear um impulso violento e incontrolável que acabará em suicídio. Ninguém é imune e ninguém sabe o que provoca essa reação nas pessoas. Cinco anos depois do surto ter começado, restaram poucos sobreviventes, entre eles Malorie e dois filhos pequenos. Ela sonha em fugir para um local onde a família possa ficar em segurança, mas a viagem que tem pela frente é assustadora: uma decisão errada e eles morrerão.

Se a sua mãe é daquelas que gosta de roer as unhas enquanto lê, este pode ser um bom livro para ela. Muito bem recomendado, eu daria este livro para a minha mãe se ela tivesse muitos livros do Stephen King na sua estante. A Casa Assombrada, de John Boyne, também seria uma boa opção aqui.


9) Para Mães Que Gostam de Biografias: Livre, de Cheryl Strayed

Aos 22 anos, Cheryl Strayed achou que tivesse perdido tudo. Após a repentina morte da mãe, a família se distanciou e seu casamento desmoronou. Quatro anos depois, aos 26 anos, sem nada a perder, tomou a decisão mais impulsiva da vida: caminhar 1.770 quilômetros da chamada Pacific Crest Trail (PCT) – trilha que atravessa a costa oeste dos Estados Unidos – sem qualquer companhia. Cheryl não tinha experiência em caminhadas de longa distância e a trilha era bem mais que uma linha num mapa.
“Minha caminhada solitária de três meses pela costa oeste teve muitos começos. Mas, na realidade, minha caminhada começou antes de eu sequer imaginar empreendê-la, mais precisamente quatro anos, sete meses e três dias antes, quando estava em um pequeno quarto da Clínica Mayo, em Rochester, Minnesota, e soube que minha mãe ia morrer”, escreve a autora. O contato de Cheryl com a vida selvagem tem antecedentes. Ao completar 10 anos, sua família mudou-se para a área rural de Minnesota. Não havia eletricidade, água corrente, banheiro interno – nada, entretanto, que se comparasse ao que enfrentou na caminhada solitária. Como se não bastassem a exaustão, o frio, o calor, a dor, a sede e a fome, Cheryl tinha ainda que enfrentar outros fantasmas. “Todo processo de transformação pessoal depende de entrega e aceitação”, afirma.

Se a sua mãe gosta de histórias reais, essa é uma muito interessante. É uma história forte, sobre redenção e superação, e que toca profundamente em questões femininas e maternais. Uma outra boa opção atual é A Teoria de Tudo, de Jane Hawkin.


8) Para Mães Que Gostam de Livros de Época (Ficção Histórica): As Sete Irmãs, de Lucinda Riley

Maia e suas irmãs são surpreendidas pela notícia da morte de seu pai. A cada uma das filhas adotivas ele deixou uma carta, uma mensagem obscura e um presente valioso. Qual é o significado de tudo isso?
Por que o patriarca decidiu revelar a verdade somente depois de morrer? O acontecimento oferece a elas uma oportunidade de ter respostas para todas essas perguntas. As irmãs têm, diante de si, a chance de resgatar sua história desde o início ou podem simplesmente guardar suas relíquias e continuar vivendo uma vida sem raízes. Maia é a primeira a criar coragem para embarcar nessa viagem e é atraída até o Rio de Janeiro, onde, auxiliada pelo escritor Floriano, irá mergulhar em uma história quase centenária entre uma aristocrata de origem italiana e um escultor francês, uma paixão sufocada pelas convenções sociais e um casamento forçado. Só uma pequena placa de pedra-sabão foi capaz de eternizar o amor de Izabela e Laurent, selando o destino de Maia. E a confrontará com um destino inesperado.

Esse eu vou comprar para a minha mãe (porque ela vai A-MAR), e pegar emprestado assim que ela terminar de ler! Grande parte dele se passa no Brasil, na época que o Cristo Redentor estava sendo construído, o que eu achei uma característica super intrigante! Ele tem mistério e romance, e tudo mais que um romance de época precisa. Outra boa opção é a trilogia O Século, de Ken Follet (Queda de Gigantes, Inverno do Mundo, e Eternidade Por um Fio), que segue a saga de uma família desde o começo do século passado até quase os dias atuais, por entre guerras e mudanças drásticas no mundo que conhecemos.


7) Para Mães Que Amam Clássicos: Mansfield Park, de Jane Austen

Mansfield Park, considerado o mais ambicioso romance de Jane Austen, é provavelmente o menos romântico e o mais pragmático dos romances de Austen. Para alguns leitores, Mansfield Park é o romance mais gratificante e mais substancial já escrito por Austen, enquanto que outros o veem com certa reserva, devido à sagacidade e humor presentes em seus 48 capítulos. MANSFIELD PARK é um romance que enfoca as maneiras com que as pessoas tentam lidar uns com os outros. Quase todos, em Mansfield Park, passam ao longo de toda a trama fazendo suposições erradas sobre outras pessoas. Ninguém parece realmente entender uns aos outros e poucos são aqueles que sequer fazem um esforço para tentar entender os demais. Nesse sentido, são típicos personagens criados por Austen: reais, inclassificáveis, difíceis, contraditórios e confusos. Antagonistas agem mais como heróis, heroínas são, por vezes, antipáticas, e vilões, de repente, se transformam em protagonistas. Assim, escândalos surgem em Mansfield Park em todos os níveis: o pecado; as tentações para o pecado; as obstruções interpessoais; as impropriedades que chocam, excitam e produzem fofocas dentro da esfera em que vivem os personagens; a desgraça e a queda públicas; a vitimização e a acusação profética; a expulsão e o sacrifício empreendidos pelo mau gosto da mídia. O tema prevalecente na obra continua relevante: a necessidade de homens e mulheres encontrarem a sua identidade e fazerem as suas próprias escolhas – ainda que a sociedade, por sua natureza, tente os fazer seres dependentes, sem força e preconceituosos.

Jane Austen é fabulosa! E se a sua mãe gosta de livros clássicos, esse é icônico, mas pouco lido pela maioria das pessoas. Ele não é tão romântico quanto, digamos Orgulho e Preconceito, mas é igualmente surpreendente e delicioso. Este, em especial, é uma edição de luxo bilíngue da Editora Landmark. Ao abrir uma página você encontra de um lado a história contada em português, e do outro lado a mesma página em inglês. Todos os livros da autora, e vários outros clássicos fantásticos, estão disponíveis neste formato. Se livros bilíngues não te interessam, uma boa (e pouco conhecida) opção é Suave é a Noite, de Scott Fitzgerald.


6) Para Mães Que Gostam de Viajar: Paixao Índia, de Javier Moro

Era uma vez um rico marajá indiano que se apaixonou perdidamente por uma bailarina. Todas as noites, ela recebia jóias, flores e palavras de amor. Sem saber direito como se comportar, num misto de vergonha e orgulho, ela se escondia no camarim. Mas quem poderia resistir ao charme endinheirado do rajá de Kapurthala? A bailarina cedeu... e começou uma das mais belas histórias de amor de que se tem notícia. Como num passe de mágica, Anita Delgado ganhou um palácio e transformou-se em princesa espanhola da Índia. Por ser européia, o marajá lhe garantiu um tratamento especial, para ciúmes de suas outras esposas. O choque cultural na Índia colonizada do começo do século XX era inevitável. Determinada, porém, Anita manteve-se no seu lugar, cercada de vassalos, de luxo e de muita solidão... até que seu coração começou a bater de maneira diferente... Paixão índia é a prova de que um conto de fadas pode, sim, tornar-se realidade. Deixe seu coração embalar-se com essa história que já emocionou milhares de leitores em todo o mundo.

Sua mãe já sonhou em ir para a Índia? Este é um romance baseado em fatos reais, onde descrições e atmosfera são delineados de maneira vívida e envolvente, levando a sua mãe a uma viagem pelo tempo e espaço.  Os livros da Coleção Viagens Radicais, de Airton Ortiz, também são maravilhosos para incendiar a imaginação - e dão aquela vontade de colocar os pés em um avião o mais rápido possível! Outra ideia fofa é dar para ela, junto o livro que escolher, um guia de viagens para aquele lugar que ela está sempre falando em ir!


5) Para Mães Que Gostam De Rir (e Se Emocionar): Tem alguém aí?, de Marian Keys

Em 'Tem Alguém Aí?', Marian Keyes nos conta a história de Anna, que, após sofrer um grave acidente de carro em Nova York, volta para Irlanda a fim de se recuperar ao lado da família. Contudo, após um tempo com os pais, ela decide que é hora de voltar para os Estados Unidos e reencontrar o marido Aidan, os amigos, e retomar seu emprego como relações públicas da Candy Grrrl, poderosa empresa de cosméticos. Chegando a Nova York, Anna não encontra Aidan - ele não retorna seus telefonemas, emails e mensagens de voz. O que terá acontecido com ele? 'Tem Alguém Aí?' é extremamente divertido, perfeito para quem procura um livro tanto para reflexão quanto para diversão. É o quarto romance que traz como protagonista uma das irmãs Walsh: Claire, em 'Melancia', Rachel, em 'Férias', Maggie, em 'Los Angeles', e agora, Anna.

A autora de Melancia e Sushi escreveu vários livros sobre a família Walsh, todos leves, inteligentes e engraçadíssimos, porém você não precisa de maneira nenhuma ler os outros para poder ler qualquer um deles. Tem alguém aí? é um que me foi particularmente recomendado. Outro livro que segue esta mesma linha é Um Dia, de David Nicholls, o livro que inspirou o filme lançado em 2011.


4) Para Mães Espiritualizadas:  A Tenda Vermelha, de Anita Diamant

Na Bíblia, as mulheres ocupam um lugar à sombra, por isso ficamos provados de sua sensibilidade na descrição dos acontecimentos. Numa narrativa envolvente, Anita Diamant resgata esse olhar feminino e dá vida às personagens bíblicas, recriando o ambiente em que viveram, seu cotidiano, suas provações e suas paixões. Filha de Jacó e Lia, Dinah - cuja trajetória é apenas sugerida no Livro do Gênese - é a figura central desta trama, que começa com a historia das quatro esposas de Jacó, q quem ela chama de 'mães': Lia, Raquel, Zilpah e Bilah. O amor delas e o legado que lhe transmitem servem de apoio durante a fase de trabalho duro da juventude, no ofício de parteira e na vida nova em uma terra estrangeira.

Este é um livro muito especial, sobre o papel da feminilidade na espiritualidade. Não é necessário ser cristão ou até religioso para se apreciar este livro, mas para mães espiritualizadas ele seria uma cereja no bolo. Caso a sua mãe seja mais interessada em romances espíritas, um bom nesta categoria é O Poder da Escolha, de Zibia Gasparetto, que tem uma mensagem linda e uma história envolvente. Para aquelas mães espiritualizadas que não tem tanto interessa na bíblia ou em espiritismo, O Profeta, de Khalil Gibran, é um livro extremamente filosófico (no bom sentido!) e cheio de ensinamentos lindos.


3) Para Mães Que Gostam de Livros de Fantásticos (ou seja, que saiam da realidade): As Brumas de Avalon, de Marion Zimmer Bradley

A Senhora da Magia, A Grande Rainha, O Gamo-Rei e O Prisioneiro da Árvore são os quatro volumes que compõem As Brumas de Avalon - a grande obra de Marion Zimmer Bradley -, que reconta a lenda do rei Artur através da perspectiva de suas heroínas. Guinevere se casou com Artur por determinação do pai, mas era apaixonada por Lancelote. Ela não conseguiu dar um filho e herdeiro para o marido, o que gera sérias conseqüências políticas para o reino de Camelot. Sua dedicação ao cristianismo acaba colocando Artur, e com ele toda a Bretanha, sob a influência dos padres cristãos, apesar de seu juramento de respeitar a velha religião de Avalon. Além da mãe de Artur, Igraine e de Viviane, a Senhora do Lago que é a Grande Sacerdotisa de Avalon, uma outra mulher é fundamental na trama: Morgana, a irmã de Artur. Ela é vibrante, ardente em seus amores e em suas fidelidades, e polariza a história com Guinevere, constituindo-se em a sua grande rival. Sendo uma sacerdotisa da Avalon, ela tem a Visão, o que a transforma em uma mulher atormentada. Trata-se, acima de tudo, da história do conflito entre o cristianismo, representado por Guinevere, e da velha religião de Avalon, representada por Morgana. 
Igraine, Viviane, Guinever e Morgana revelam através da história de suas vidas e sentimentos a lenda do rei Artur, como se ela fosse nova e original. 

Esta é sem dúvida uma das minhas séries de Fantasia favoritas. Ela apresenta mulheres adultas, fortes, mágicas e principalmente humanas. A série está em promoção na maioria dos sites e livraria a algum tempo – e apesar de o Box não ser especialmente lindo, vale muito a pena pelo preço. Caso a sua mãe seja mais interessada em Ficção Científica, Aniquilação (livro um da trilogia Comando Sul), de Jeff Vandermeer, pode ser uma boa opção!

2) Para Mães Que Apreciam Um Bom Drama - O Silencio Das Montanhas, de Khaled Hosseini. 

Dez anos depois do aclamado “O caçador de pipas” o escritor afegão Khaled Hosseini volta à cena literária com “O silêncio das montanhas”. O romance traz como protagonistas os irmãos Pari e Abdullah que moram em uma aldeia distante de Cabul são órfãos de mãe e têm uma forte ligação desde pequenos. Assim como a fábula que abre o livro as crianças são separadas marcando o destino de vários personagens. Paralelamente à trama principal Hosseini narra a história de diversas pessoas que de alguma forma se relacionam com os irmãos e sua família sobre como cuidam uns dos outros e a forma como as escolhas que fazem ressoam através de gerações. Assim como em O caçador de pipas o autor explora as maneiras como os membros sacrificam-se uns pelos outros e muitas vezes são surpreendidos pelas ações de pessoas próximas nos momentos mais importantes. Seguindo os personagens mediante suas escolhas e amores pelo mundo – de Cabul a Paris de São Francisco à Grécia – a história se expande tornando-se emocionante complexa e poderosa. É um livro sobre vidas partidas inocências perdidas e sobre o amor em uma família que tenta se reencontrar.

Este é um livro lindo, cheio de dor e lágrimas, mas que mexe com as suas emoções como poucos – como todo livro de Khaled Hosseini. Outro livro que parece fantástico, que foi uma indicação da minha mãe que está lendo ele neste momento, é Por favor, cuide da mamãe, de Shin Kyung-Sook. Quando a mãe coreana de três filhos se perde e some no metrô, a sua família se impressiona o quanto não conhecem a própria mãe e esposa. Minha mãe o caracterizou como forte e impactante.


1) Para Mães Artísticas e Descoladas: Mãe, Te Amo com Todas as Cores, de Christina Rose

Proporcione à sua mãe o dom do relaxamento através deste inspirador livro de colorir. As belas e detalhadas ilustrações de Mãe, te amo com todas as cores vão levar sua mãe a uma jornada de paz e serenidade, enquanto as maravilhosas palavras e citações celebrando a maternidade vão lembrá-la de quanto ela é especial. Seja ela uma mãe que já adora colorir ou uma que não pega em um lápis de cor há anos, ela com certeza encontrará aqui algo que vai amar. Cada uma das cinquenta ilustrações traz no verso uma frase especial, possibilitando que a página seja recortada e emoldurada, deixando essa obra de arte nascida do amor à vista de todos na casa. Dê um toque especial ao tempo livre de sua mãe com um presente original e terapêutico — e mostre a ela o quanto você a ama.

Estes livros estão super na moda, eu imagino que você já tenha ouvido falar. Eles não tem nenhuma história junto com eles, mas ainda assim, se a sua mãe não tentou seria uma ótima opção – talvez como um complemento de um presente? As obras ficam lindas e únicas, e podem ser retiradas do livro e emolduradas. Além desse, temático para o dia das mães, tem vários outros temas – celta, floresta encantada, mil e uma noites... Quem sabe um romance e um livro de colorir com o mesmo tema?


Este é o meu Top Ten de hoje! Mas como eu prometi, queria dar algumas dicas de livros que você NÃO deve dar para a sua mãe. Não são recomendações específicas de livros, mas dicas gerais para não errar na hora do presente:

1- Livros para você, só que com o pretexto que são um presente para ela. Por exemplo, um livro que você queria ler a um tempão, e que “talvez ela goste”; ou um livro de cupcakes, porque são a sobremesa que você mais gosta; um livro que ensina a manejar o dinheiro, porque você acha que ela gasta demais.

2- Livros de culinária em geral. A não ser que ela especificamente tenha pedido o livro de presente, mesmo que ela adore cozinhar, um livro de culinária é mais para você (que aproveita as comidas maravilhosas dela) do que para ela. Em qualquer outro dia não seria problema, mas para o dia das mães, a simbologia fica muito pesada. A ideia deste dia é dar algo que seja só para ela, que recompense todo o carinho e trabalho que ela teve com você. Como um presente complementar tudo bem, mas não como um presente principal, tá?

3- Livros “engraçadinhos”, ao invés de engraçados. Ou seja, qualquer livro que você dê para ela “de brincadeira” – como um livro sobre alguém bravo, se você acha que ela briga demais em casa, por exemplo. Hoje é o dia dela, ela merece algo bem melhor que uma brincadeira sobre alguma falha dela, não acha?


Gostou das recomendações? Que tipo de leitura a sua mãe gosta? Me conte se você já leu algum desses livros ou qual você acha que a sua mãe gostaria. Ou fale do que quiser! Eu prometo que respondo!!